Ministro da Casa Civil Ciro Nogueira pede ao órgão e à Justiça Eleitoral que revelem informação antes do primeiro turno
Matéria de Rodrigo Carvalho
Agência Nordestina de Notícias (ANN)
R$ 360 mil: esse foi o valor apreendido pela Polícia Federal dentro de uma caminhonete, em Teresina, após o órgão receber denúncia de suposto crime eleitoral na última terça-feira (20).
O assunto repercutiu em todo o Piauí e, como a PF não informou a qual ou quais candidatos pertence o dinheiro, o mistério continua. O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas), em vídeo nas redes sociais, pediu que os nomes do candidato e do partido sejam divulgados.
“Há poucos dias tivemos a apreensão de quase R$ 400 mil que, segundo se comenta, era destinado à compra de votos no Piauí. Os boatos dizem que esse dinheiro veio de uma autarquia de infraestrutura para ser entregue a um deputado. Acho que precisamos esclarecer isso o mais rápido possível. Nosso país, nosso estado, as pessoas de bem confiam muito no trabalho da PF, do Tribunal Regional Eleitoral [TRE-PI] e das instituições”, destacou.
Ciro solicitou ainda que o nome dos proprietários da quantia apreendida também seja revelado antes do primeiro turno das eleições, marcado para este domingo (2/10).
“Faço um apelo: não dá para segurar essa informação para depois das eleições. Venham a público e digam quem era o destinatário do recurso, se era mesmo um deputado, e se veio de um órgão do governo do Estado. É fundamental que a população tenha conhecimento desse fato antes que os envolvidos sejam eleitos; todos sabem o quanto demora um processo de cassação de mandato”, completou.
Ver essa foto no Instagram
Em busca de respostas sobre a origem do montante, a reportagem da Teresina FM entrou em contato com a Polícia Federal que, por meio de sua assessoria, explicou que há dois outros supostos crimes eleitorais sendo investigados.
“Um deles inclui a apreensão de R$ 24 mil em Piripiri, direcionados à Delegacia da PF em Parnaíba, e o outro consiste no cumprimento de três mandados de busca e apreensão, em Teresina, na última sexta-feira (23)”, detalhou a corporação.
A PF afirmou que, assim como nos outros casos, abriu um inquérito policial e está analisando o material coletado. A assessoria comunicou ainda que não pretende gravar entrevista sobre o assunto e não irá divulgar o nome dos candidatos envolvidos.
Também contatamos o Ministério Público Federal (MPF) para entender a atuação do órgão em processos do gênero, mas ouvimos que o procurador responsável pelas questões eleitorais estava com “agenda cheia”.