15/11/2024

Política

Damares Alves se defende de polêmica em relação às denúncias de tráfico infantil: “Eu não menti”

Ex-ministra e senadora eleita pelo Republicanos participou de evento pró-Bolsonaro, nesta sexta (14), em Teresina

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Publicado por: FM No Tempo 14/10/2022, 12:48

Matéria de Eric Souza e Wanderson Camêlo

A ex-ministra Damares Alves (Republicanos), senadora eleita pelo Distrito Federal, participou, na manhã desta sexta-feira (14), de um evento de campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Teresina.

O ato, intitulado “Mulheres com Bolsonaro”, teve início às 9h50 e contou ainda com a presença da primeira-dama Michelle Bolsonaro e dos progressistas Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil; Tereza Cristina, senadora eleita pelo Mato Grosso do Sul; e Iracema Portella, deputada federal reeleita pelo Piauí.

Damares e Michelle discursam ao lado de lideranças (Foto: Wanderson Camêlo/Teresina FM)

O encontro, que foi realizado no Elite Eventos, zona Leste da capital, reuniu vários apoiadores de Bolsonaro, em sua maioria mulheres, vestidos de verde e amarelo e portando bandeiras do Brasil.

Fala de Damares

No início do evento, uma pastora evangélica conduziu uma oração antes de passar a palavra para Damares. A ex-titular da pasta dos Direitos Humanos defendeu-se quanto às polêmicas relacionadas às denúncias de tráfico sexual de crianças na Ilha de Marajó, no Pará.

“Eu não menti […] Acabei de ser eleita e a esquerda já quer me cassar. [O presidente] Bolsonaro, quando assumiu, prometeu ser protetor da infância. Nunca houve um presidente da República que cumprisse tanto esse papel”, declarou.

A senadora eleita lembrou que, antes do governo Bolsonaro, 32 crianças e adolescentes eram mortas no Brasil, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Três anos e meio depois, segundo o DataSUS, o índice caiu para 53%.

Damares Alves, ex-ministra e senadora eleita (Foto: Wanderson Camêlo/Teresina FM)

“Vamos enfrentar o tráfico infantil e proteger as crianças. Quantas meninas foram tiradas do Piauí, por causa da fome, e levadas como empregadas domésticas para outros estados? Iremos elaborar o maior programa de proteção para esse público”, garantiu Damares.

Denúncias de Marajó

Sem apresentar provas, Damares fez as polêmicas declarações em culto com crianças, em Goiânia, no último final de semana. Os casos, segundo os relatos feitos, aconteceram quando ela ainda comandava a pasta dos Direitos Humanos.

“Vou contar uma história para vocês, que agora eu posso falar. Nós temos imagens de crianças brasileiras de três, quatro anos que, quando cruzam as fronteiras, os seus dentinhos são arrancados para elas não morderem na hora do sexo oral”, relatou.

A ex-ministra disse ainda que meninas e meninos comem comida pastosa “para o intestino ficar livre na hora do sexo anal”.

Denúncias de Damares tiveram grande repercussão (Foto: Assembleia de Deus Ministério Fama)

Em nota à imprensa, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos afirmou na última quarta-feira (12) que a ex-chefe se baseia em “numerosos inquéritos já instaurados que dão conta de uma série de fatos gravíssimos praticados contra crianças e adolescentes”.

Na última terça-feira (11), a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA), pediu que o Ministério da Mulher informe detalhadamente, no prazo de três dias, todos os casos de denúncias recebidas pelo órgão, em trâmite ou não, nos últimos sete anos.

Segundo destacou a Folha de São Paulo, em matéria veiculada nesta sexta-feira (14), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou na quinta-feira (13) para a Justiça Federal do Pará uma notícia-crime contra Damares Alves pelas afirmações sobre possíveis crimes de violência sexual. A Corte indica a existência de possível crime de prevaricação.

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