Matéria de Danielle Simeão

O programa JT1 entrevistou nesta quinta-feira (12) o professor e escritor Francisco de Sales Vieira de Carvalho. Sales Carvalho está em Teresina, capital piauiense, para o lançamento de seu livro: Glossário da Terra – Dicionário de Regulamentação Fundiária.

“Vai ser lançado hoje à noite na livraria Entre Livros, na Avenida Dom Severino 1045, às 19h. Diante dessa minha experiência com a regressão fundiária e com os conflitos agrários eu percebi a necessidade tanto dos engenheiros, como dos agrônomos, dos advogados, dos cartorários, de se produzir um dicionário que tem que atender essa necessidade que existe hoje. São termos técnicos que vão auxiliar os trabalhos dos profissionais da área de engenharia, da arquitetura e também do direito. É claro que esse trabalho demandou muito tempo. Eu fui anotando, registrando e fui produzindo até que chegou nesse produto”, informa.

A respeito da redação fundiária no país, o mestre afirma que a falta de uma política de reforma agrária prejudica os investimentos estrangeiros no Brasil.

“A redação fundiária ela é um papel de Estado, ou seja, dos municípios, dos Estados e da União. No caso da União, desapropriar as terras para fim de reforma agrária. O Estado brasileiro ainda precisa ter uma política muito mais avançada no sentido de definir o domínio das suas terras. Existem regiões no país que ainda não há definição dominial da terra. Isso gera conflitos muito sérios, gera insegurança até para alguma empresa que queira fazer um investimento, comprar grandes áreas. Então nós temos casos de muitas companhias estrangeiras que querem investir aqui no país e não tem condições de comprar uma terra porque essa terra não tem uma definição jurídica”.

Francisco é teresinense formado pela UFPI no curso de Engenharia de Agrimensura, é Presidente da Associação Profissional dos Engenheiros Agrimensores no Estado de São Paulo (APEAESP), Coordenador do Curso de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica da Faculdade de Engenharia e Agrimensura de São Paulo (FEASP) e CEO do Instituto de Governança Fundiária do Brasil (IGFB).

Confira a entrevista na íntegra: