A juíza Keylla Ranyere Procópio, coordenadora estadual da mulher em situação de violência doméstica no Tribunal de Justiça, foi a convidada do programa JT1 desta terça-feira (31). Ao ser perguntada sobre suas impressões sobre o número de casos de mulheres que recorrem à coordenadoria do TJ em busca de suporte, a juíza responde:

Juíza Keylla Ranyere (Foto: reprodução/TJ-PI)

“Temos observado uma crescente da procura da mulher por proteção. Desde a pandemia nós temos observado que esse número tem crescido, em especial o número de medidas protetivas, visando proteger a mulher que estava em risco de violência no meio familiar. Esses números podem ser interpretado de duas formas: ou realmente essa violência contra a mulher aumentou, ou a mulher está mais ciente de seus direitos e se sentindo mais acolhida pelas instituições, família e sociedade”, explica a juíza.

Ao ser questionada sobre a efetividade de medidas protetivas, a juíza afirma:

“As pesquisas mostram que, não apenas aqui no PI mas em todo país, as medidas protetivas têm um reflexo positivo sim. Os números mostram que, na grande maioria de casos de feminicídio ou de tentativas, as vítimas não possuíam medidas protetivas a seu favor e nem haviam buscado por auxílio do poder judiciário. Lógico que ele não é efetivo em 100% dos casos, mas conseguem sim reduzir o número de casos e proteger a mulher de forma efetiva.”

Confira a entrevista logo abaixo: