O volume do setor de serviços cresceu 0,8% em julho, na comparação com o mês anterior, eliminando as perdas de junho, segundo divulgou nesta quinta-feira […]
O volume do setor de serviços cresceu 0,8% em julho, na comparação com o mês anterior, eliminando as perdas de junho, segundo divulgou nesta quinta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se do melhor resultado para julho nesta base de comparação desde 2011, quando também houve avanço de 0,8%.
Na comparação com o desempenho de junho do ano passado, alta foi de 1,8% – quarta taxa positiva não sequencial do ano.
O IBGE revisou os dois resultados anteriores do setor de serviços. Em junho, a queda foi de -0,7%, menor que o -1% divulgado anteriormente e, em maio, a alta foi de 0,2%, e não de 0,1%.
No ano, o setor acumula alta de 0,8% e, em 12 meses, apresenta avanço de 0,9%, o que representa um ganho de ritmo na comparação com junho.
“A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 0,7% em junho para 0,9% em julho de 2019, assinalou ganho de ritmo, mas ainda não mostra trajetória clara de recuperação, já que em maio chegou a avançar 1,1%”, destacou o IBGE.
Recuperação lenta e perspectivas
Os indicadores econômicos já divulgados sobre o mês de julho mostram um desempenho misto da economia no 2º semestre, em meio ao desemprego ainda elevado e piora no cenário externo com a crise da Argentina, guerra comercial e temores de uma nova recessão global.
A produção industrial, por exemplo, registrou queda de 0,3% em julho – o terceiro recuo mensal seguido. No acumulado no ano, o recuo chega a 1,7%, o que mantém a indústria no nível de janeiro de 2009.
Já as vendas do comércio cresceram 1% em julho, acima do esperado, no melhor resultado mensal desde novembro do ano passado (3,2%). Em 12 meses, o avanço nas vendas do varejo é de 1,6%, o que representa um ganho de ritmo ante junho (1,2%) e frente aos meses anteriores.
A expectativa é que a liberação dos saques das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Fundo PIS-Pasep ajudem a acelerar o consumo nestes últimos meses do ano. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que R$ 13,1 bilhões (44% do total previsto a ser injetado na economia) será destinado para gastos no comércio e consumo de serviços.
A projeção do mercado financeiro para estimativa de alta do PIB deste ano permanece em 0,87%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Já o governo prevê crescimento de 0,85% em 2019, abaixo do ritmo de avanço de 1,1% registrado em 2018 e 2017.