Cirurgia pode demorar, em média, quatro meses para ser realizada.
Matéria de Gabriel Prado
A família de Manoel Alves de Santana, idoso de 69 anos, que sofreu uma fratura no fêmur direito, aguarda impacientemente por atitudes do Estado sobre a situação do enfermo.
Manoel sofreu a fratura no dia 03 de fevereiro e foi atendido pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de São Raimundo Nonato. Onze dias depois foi transferido para o Hospital Getúlio Vargas (HGV) em Teresina, onde permanece internado até agora, sem previsão de alta por falta de aparatos médicos para a realização da cirurgia necessária.
O Hospital alega a falta de material e de uma prótese de alto custo para poder realizar o procedimento. A prótese não possui previsão oficial de chegada e, segundo médico do HGV, pode levar até quatro meses para que chegue até o hospital para que, só então, a cirurgia possa ser realizada.
A família reivindica pela intervenção de órgãos estatais no caso, alegando que o tempo de espera é muito longo para o paciente que, além de idoso, é hipertenso, ansioso e possui histórico de fraturas anteriores. Seu quadro clínico também piorou desde o momento da entrada na unidade de saúde
O Ministério Público já foi acionado pela família, mas nenhuma resposta foi obtida até então. Os parentes exigem que a realização da cirurgia seja priorizada pelo caráter de urgência do quadro clínico de Manoel.
Atualização
O Hospital Getúlio Vargas (HGV) informa que a cirurgia do senhor Manoel Alves de Santana ainda não foi realizada porque depende da entrega do material cirúrgico específico necessário para esse tipo de procedimento, que é uma revisão de prótese de joelho.
“O material em questão já foi solicitado e aguarda somente a entrega do mesmo por parte da empresa responsável. Tão logo isso ocorra, o procedimento será realizado”, acrescentou o HGV.