As paralisações iniciaram na segunda-feira (13).
Matéria de Rebeca Vieira
A greve do transporte público na capital piauiense chega ao seu quinto dia nesta sexta-feira (17). Mesmo após liminar de repasse de R$ 1,5 milhão da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) para as empresas de ônibus, a fim de quitar os salários atrasados dos trabalhadores (uma das reivindicações que motivaram as paralisações), o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro) optou por persistir com o movimento paredista.
Em Assembleia Geral realizada na manhã desta sexta, na própria sede do Sintetro, os integrantes do sindicato debateram sobre uma proposta informal ofertada por um consórcio – que não se identificou – para os trabalhadores; mas foi negada.
Para a Teresina FM, o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, relembra que os pagamentos atrasados são apenas a gota d’água em um mar de problemas, e que o foco da greve é, na verdade, outro. Ele conta que muito insistiu ainda no ano de 2022 para que as pautas envolvendo o transporte fossem resolvidas; que tentou solucionar com Strans, vereadores e até deputados – sem nenhum êxito.
“A gente já vinha tendo confusão, a gente tentou com os vereadores várias vezes, tentamos com os deputados. Aí é onde a gente teve um objetivo maior, foi empurrar o governador e o deputado com questão de subsídio, mas com o prefeito praticamente em vão. Colocamos aqui na Assembleia que esperaríamos até o quinto dia útil para iniciar a greve, com medo de represálias por causa do pagamento. E realmente foi o que aconteceu”, explica.
“A greve em si não foi por falta do pagamento, porque a gente já vinha sofrendo isso aí uma coisa corriqueira, mas sim por conta da convenção que é que garante todos os nossos direitos. E até agora não obtivemos nenhuma resposta da parte do Setut e muito menos da prefeitura. Então mostra o descaso e o desrespeito para com eles, para com a nossa gestão e também com a população de Teresina. Então por isso a categoria ouviu a proposta de uma única empresa e optou por continuar com a greve.”