Caminhos do mau
Estamos perdendo nossos jovens para as drogas e para o crime.
Essa é a mais cruel das muitas realidades do Brasil dos últimos anos.
Do espanto, da indignação inicial, nada mais resta.
Estamos assistindo a tudo isso sem qualquer gesto de indignação e sem a menor vontade de colaborar para a solução do problema.
Estamos acomodados diante de um quadro devastador; estamos acomodados diante de um problema que está devastando a família brasileira.
Mas como é possível isso?
Será que estamos tão anestesiados ao ponto de considerar o extermínio da nossa juventude uma coisa normal?
Pior é que estamos.
Estamos assistindo tudo isso de camarote, talvez por que a questão ainda não tenha entrado pela porta da frente de nossa casa.
Não entrou, mas a qualquer momento pode entrar. Não devemos esquecer isso.
Mas tudo tem uma causa, ou várias causas.
E uma das causas da matança de nossos jovens com certeza é a família, ou melhor, a ausência dela, a ausência da família.
A família brasileira está se desintegrando e está se desintegrando de forma acelerada.
E essa desintegração está contribuindo de maneira decisiva para acabar com a nossa juventude. Infelizmente.
A família é o pilar de sustentação para todos nós. É na família que aprendemos a conviver e a interagir com o mundo que nos cerca; é na família onde somos preparados para o mundo lá fora, cruel e real.
A família cercada de amor, cercada de paciência e de respeito educa e forma indivíduos seguros e aptos para o convívio social.
É a família, com a sua presença, que mantem seus jovens afastados das drogas que estão em toda esquina; é a família atenta que afasta seus jovens da esquina do crime.
O papel da família vai muito além do ensinar o que é certo e errado. A família tem o papel de formar indivíduos afetuosos, conscientes, tolerantes, pacientes, respeitosos, autoconfiantes e felizes.
Mas, talvez até de maneira inconsciente, estamos perdendo a família para o vício e para as redes sociais; estamos esquecendo nossos filhos e dedicando dia e noite ao celular; estamos deixando nossos filhos entregues ao seu próprio mundo e quando acordamos geralmente é tarde, muito tarde.
A família brasileira perdeu a fé, esqueceu o caminho para Deus. E ao esquecer o caminho para Deus e perder a sua fé, está contribuindo também para que os filhos gerados em seu ventre descubram o caminho do mau.
Que Deus tenha piedade de todos nós!
Coloquei, eu mesmo, em regime de urgência-urgentíssima a minha volta ao batente, mesmo que ainda abalado por uma forte gripe.
Precisava voltar a tempo de falar alguma coisa sobre eu amigo Ubiracy Sabóia, morto na segunda-feira.
Não vi o ubiracy Saboia nascer.
Não vi nascer, mas vi crescer.
Vi crescer, vi ganhar corpo, vi surgir o adolescente e vi o adolescente virar homem.
Homem de bem, registre-se.
Meu primeiro contato com Ubiracy ocorreu pela metade dos anos 70, quando aqui chegou trazido pelo pai, o jornalista Pires de Saboia, outro grande amigo.
Franzino, corpo que carregou até à morte, ubiracy foi uma pessoa alegre e sorridente, mas que detestava ficar quieto.
Na minha e na casa de amigos durante as costumeiras visitas de domingo, ubiracy era a diversão certa. Era ele o centro das atenções.
Mas um dia a gente cresce, ubiracy cresceu e teve que seguir o seu rumo. E o rumo de ubiracy não poderia ser outro. Virou jornalista, para alegria de todos nós. Mas não fez jornalismo para agradar ninguém. Fez jornalismo porque queria mesmo ser jornalista. E o foi.
Infelizmente, a morte é traiçoeira.
A morte é como o ladrão, ela chega sem avisar.
Ela age sorrateiramente.
Para a morte não há bons e ruins; não há inteligente ou famoso; não há político ou empresário; não há trabalhador nem mendigo.
Mais cedo ou mais tarde ela virá atrás de todos nós.
Não importa se viveu muito ou se viveu pouco, afinal os mistérios de Deus são insondáveis.
Mas, por que logo o ubiracy Saboia, um jovem no auge da carreira?
Ubiracy não foi o primeiro. Com certeza não será o último dos nossos que partirão sem aviso e fora do combinado. Muitos já foram, outros irão, afinal a vida é assim.
A morte por si só afeta todos nós. As palavras não dão conta de tanta dor.
A verdade é que a fragilidade do ser humano sequer consegue estabelecer distinção entre velhos e jovens.
Alguém já disse que nestes casos, só nos resta a sensação de termos sido enganados, como se a vida fosse apenas grande estelionato.
Chico Xavier, o medium brasileiro mais conhecido no mundo, diz que a vida é feita de momentos pelos quais temos que passar sendo bons ou não para nosso aprendizado.
Precisamos fazer a nossa parte, desempenhar o nosso papel no palco da vida, lembrando que a vida nem sempre segue o nosso querer, mas ela é perfeita naquilo que tem que ser.
Tudo tem seu apogeu e o seu declino. É natural que seja assim. Todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos, eis que a vida ressurge triunfante e bela!
Novas folhas, novas flores na infinita benção do recomeço.
Que assim seja!
Você já imaginou como seria a vida sem amigos, como seria a vida sem amizade? Difícil não?
Diz o poeta que uma vida sem amizade com certeza seria uma vida com menos abraços;
Sem amizade, a vida teria menos sorrisos, menos carinho, menos amor.
Viver sem amigos, sem amizade, é como viver sem respirar, é viver sem beber água.
É difícil, muito difícil.
Cícero, o grande advogado romano Marco Túlio Cícero, já dizia, no ano 30 antes de Cristo, que viver sem amigos não é viver.
Já o poeta inglês George Herbert, ainda nos anos 1600, dizia que viver sem amigos é morrer sem testemunhas.
Ter amigos, ter amizades é muito importante para o ser humano.
Para Aristóteles, o notável filósofo grego que viveu antes de Cristo, sem amigos ninguém escolheria viver, mesmo que tivesse todos os outros bens.
A poetisa Letícia Thompson diz que os amigos são flores.
São flores ao longo do nosso caminho para que saibamos encontrar primavera o ano todo.
Quando o outono chega, cheio de beleza e melancolia, os amigos estão presentes nos trazendo alegria.
E quando o inverno vem frio e escuro, trazendo saudades e noites longas, os amigos nos trazem calor e luz com o brilho de sua presença.
Se amigos são flores que duram um ano ou um dia não faz diferença, porque o importante são as marcas que deixam nas nossas vidas.
A mesma Letícia Thompson diz também que amigos na verdade são anjos, que estão sempre ao nosso lado; são anjos que nos acolhe, são anjos que nos levantam, são anjos que nos iluminam.
Poucos têm o privilégio de ter um anjo de verdade em seu caminho.
A amizade faz bem para o coração e para a saúde.
Afinal, os amigos tornam mais fácil a superação dos problemas, nos afastam da solidão, nos fazem rir e nos aconselham quando necessário.
A psicóloga Mônica Azevedo não tem dúvida.
Amigos são essenciais na nossa vida.
Amigo é aquela pessoa que nos ouve, sabe o que é importante para nós, mas que também fala coisas que não queremos ouvir, que nos dá puxões de orelha quando necessário.
Hoje, 14 de fevereiro, é o Dia da Amizade.
O calendário do mundo inteiro marca o 13 de fevereiro como o Dia Mundial do Rádio.
No Brasil, o rádio surgiu há pouco menos de 100 anos, embora já existisse desde 1896, quando Marconi, – um inventor italiano – criou o primeiro aparelho de rádio do mundo.
Costumo dizer que o rádio é como gato. O rádio tem sete vidas.
Por várias vezes já decretaram o seu fim.
Decretaram seu fim com o surgimento da televisão e mais recentemente com a internet, mas ele sobrevive e a cada crise volta mais fortalecido ainda.
O rádio, como diz a atriz Fernanda Montenegro, é uma universidade.
O rádio faz parte da vida de centenas de milhares de pessoas espalhadas pelos quatro cantos do mundo; é o rádio que leva entretenimento e cultura à todas essas pessoas, mesmo nos lugares mais distantes.
O rádio é uma espécie de outra pessoa, é aquela pessoa que está sempre ao seu lado.
Em casa, na roça, no campo, no carro, no trabalho, na caminhada, na mesa do bar. Em todos os lugares, pode-se ouvir rádio.
Até mesmo em seu celular você ouve rádio.
O rádio é o fiel companheiro das pessoas, tanto nos momentos de insônia, como na necessidade de informação, do conhecimento, da hora de ir para o trabalho e, em muitos casos, até para saber como vai o trânsito na cidade.
Na avaliação da escritora Martha Medeiros, o rádio é a grande companhia de quem mora só.
O rádio é a companhia sempre presente dos que deixaram suas cidades para estudar fora e dos idosos que não moram com os filhos.
O rádio é o companheiro fiel de homens e mulheres que se divorciaram, que enviuvaram ou que nunca se casaram, enfim gente que, por escolha ou contingência, mora só.
Mas o rádio também é dos jovens.
O rádio é dos jovens que gostam de boa musica, de cultura, de informação.
Avaliando melhor, o rádio é de todos.
O rádio é o único instrumento que te alcança onde você estiver. O rádio é democrático, chega à casa do rico e à casa do pobre.
O rádio é um instrumento que encurta distância.
O rádio tem curado depressão e tem conseguido recursos para os mais pobres através de seus apelos. O rádio, sem dúvida, é o grande porta-voz da sociedade.
Daí a grandeza da missão de todos aqueles que, como nós da Teresina FM, fazem rádio. Daí nossa imensa responsabilidade.
Nossos ouvintes são testemunhas do nosso compromisso com a verdade e da nossa lealdade.
A Teresina FM tem esse compromisso. Desde o inicio de nossa caminhada tem sido assim.
E assim será sempre.
O governador Wellington Dias chegou a considerar muito pequena a proposta do presidente Bolsonaro de zerar os impostos sobre combustíveis em troca do fim da cobrança do ICMS nos estados.
O governador do Piauí e os demais governadores do Brasil, defendem uma reforma tributária para se equacionar o problema.
Fica claro que o governante não está muito preocupado em oferecer ao seu contribuinte uma carga tributária um pouco mais leve.
Fica claro, bem claro, que a preocupação maior é com o cofre.
O governante, é verdade, deve sim se preocupar com o cofre público, mas deve também se preocupar – e muito – com o bem estar do cidadão.
É preciso entender que o cidadão não nasce, vive e morre apenas para pagar impostos.
O estado tem suas obrigações para com a população, obrigações que nem sempre cumpre.
O cidadão brasileiro, explorado eternamente por uma infinidade de impostos, não tem saúde, não tem educação, não tem segurança. Isso para dizer o mínimo.
O cidadão brasileiro, em determinadas situações, não tem sequer a quem recorrer.
Fica claro que para o governador o que mais importa é um cofre cheio de dinheiro advindo de impostos, muitas vezes cobrados de forma escorchante.
O bem estar de uma população explorada passa bem longe de suas preocupações.
Pelo menos é o que se pode observar diante de situações como essa.
O governante precisa entender que o dinheiro que vai faltar no cofre, por conta da isenção do ICMS nos combustíveis, poderá retornar ao mesmo cofre por outros caminhos.
Ao baratear o combustível, o governo irá promover também a queda de preço de alimentos.
Arroz, carne, feijão, todos eles transportados em veículos movidos a gasolina ou óleo diesel, terão seus preços reduzidos.
Ao promover isso, com certeza haverá uma maior procura e maior consumo de alimentos e outros produtos.
Com o aumento no consumo, o governo irá arrecadar mais impostos e reabastecer seu cofre.
Por que tanto medo de arriscar?
Por que tanto medo em oferecer ao cidadão uma vida um pouquinho mais fácil?
O governante brasileiro geralmente é um ser insensível.
O governante, via de regra, parece ser uma pessoa que não se sensibiliza nem mesmo diante das piores tragédias.
Infelizmente tem sido assim ao longo dos anos.
Falta sensibilidade, falta humildade e falta, acima de tudo, amor ao próximo, principalmente aos mais pobres.
O governo do Piauí tem vivido para gerenciar a folha de pagamento. Usa todos os recursos de que dispõe e mais alguma coisa para pagar cerca de cem mil pessoas.
Esquece que o estado inteiro tem mais de 3 milhões de habitantes que necessitam das ações governamentais.
São pessoas que hoje vivem amarguradas, sem perspectiva de futuro.
Mas, fazer o que?
Ao rei tudo.
Até a honra.
Você costuma usar um pouco do seu tempo para visitar enfermos?
Provavelmente não.
Visitar uma pessoa enferma é um gesto de misericórdia carregado de profundo sentido humano e espiritual.
A cada visita você leva não somente a sua amizade, mas leva também o seu carinho, sua oração e sua fraternidade às pessoas.
Talvez você não saiba, mas muitos enfermos não recebem sequer uma visita. Vivem praticamente abandonados nos leitos dos hospitais públicos.
Como nos ensina o padre Flávio Sobreiro, visitar um enfermo é um gesto profundamente cristão. Jesus sempre visitou quem estava com algum tipo de enfermidade. Em cada visita e encontro, Jesus inaugurava, com seu amor misericordioso, um novo tempo na vida de cada pessoa. Seus gestos de ternura devolviam a paz em cada coração.
Grande é a multidão de pessoas enfermas que esperam nossa visita. Essas pessoas não estão longe de nós.
Crie o hábito de fazer a diferença na vida de alguém com pequenos gestos, que quando praticados com amor, deixam marcas de eternidade no coração.
O momento da enfermidade é sempre um período de fragilidade e de solidão, em que a pessoa faz a dolorosa experiência da sua incapacidade, dos seus limites e também da finitude da vida.
Sozinho em casa, o enfermo, muitas vezes, passa dias e noites sem receber uma única visita, tendo apenas como companhia a televisão, o rádio, o computador ou ainda o celular. A misericórdia não se realiza com palavras bonitas ou frases de efeito, ela é concreta e precisa ser exercitada.
Nenhum equipamento eletrônico substitui um sorriso que devolve a alegria, um abraço que conforta, uma palavra que tranquiliza, uma oração que aumenta a fé, um olhar que dá esperança, um ouvido que escuta as dores e os medos.
Aprenda o valor espiritual sobre a prática misericordiosa de visitar os enfermos
Grande é a multidão de pessoas enfermas que esperam nossa visita. Essas pessoas não estão longe de nós.
Somos convidados a fazermos a diferença na vida de alguém com pequenos gestos, que, quando praticados com amor, deixam marcas de eternidade no coração.
O momento da enfermidade é sempre um período de fragilidade e, muitas vezes, de solidão, em que a pessoa faz a dolorosa experiência da sua incapacidade, dos seus limites e também da finitude da vida.
Hoje, Dia do Enfermo, é o momento propício para atravessarmos as fronteiras de nossos quintais e irmos ao encontro de quem necessita de nosso carinho, conforto e ternura.
O mundo tem necessidade de pessoas que tenham a coragem de semear o bem e levar a misericórdia aos mais necessitados.
O mundo pode ser bem melhor com pequenos gestos de amor que você praticar.
Só não tem jeito para a morte. O resto tudo se resolve.
Quem nunca ouviu uma frase assim?
Todos nós já ouvimos isso em algum momento, com certeza.
Mas, se é assim, por que não conseguimos dar um jeito em tantas coisas?
Já que só não tem jeito para a morte, por que não damos um jeito no Brasil? Por que não damos um jeito neste velho Piauí cansado de guerra?
O Brasil e o Piauí são dois exemplos clássicos de coisas ou estado de coisas que podem mudar para dar certo.
Por que, então, não damos um jeito nos baixos salários do trabalhador brasileiro?
Se ainda não morremos, se continuamos vivos, o que falta para que se mude a ordem das coisas?
Outro exemplo clássico é a política. Se só não há jeito para a morte, por que não damos um jeito na politica nacional?
A morte é uma coisa que, por mais que você tente, um dia vai chegar. Não adianta se esconder, nem fugir. Não há escapatória. Ela virá.
Mas para que as coisas deem certas, o melhor caminho é procurar uma solução que seja viável e aplicável. E para se encontrar uma solução viável e aplicável o jeito é procurar.
Quem procura acha, dizem.
Para o Brasil dar certo, por exemplo, recomenda-se que a política partidária volte a ocupar seu espaço no quadrado que lhe foi destinado para o período eleitoral.
Quem vence governa!
Quem perde vai para a oposição.
Esta sempre foi a razão da política partidária.
Foi. Não é mais.
No Brasil de hoje quem ganha nem sempre leva. Tem que dividir o poder, inclusive com quem não tem votos.
Mas, se só não tem jeito para a morte, por que não encontrar um meio termo nessa história toda?
Com certeza falta interesse de lado a lado.
Provavelmente, muito provavelmente, não há ninguém procurando uma solução para isso.
O caso do Piauí é semelhante.
O Piauí nunca deu certo porque falta o interesse de muitos para que ele dê certo.
O Piauí é assim porque muitos, com certeza, estão se dando bem e por isso não há o mínimo interesse em mudar.
Como dizia Camilo da Silveira, lá pelos anos 60, pra que mudar, se tudo está tão bom?
São os que pregam abertamente a continuidade, a perpetuação no poder.
São os que acham que não há necessidade de mudanças; são os que acham que está tudo bem e que as coisas são assim mesmo.
Tudo tem jeito, só não tem jeito mesmo para a morte.
E para o Brasil.
E para o Piauí.
Charles Chaplin, ou simplesmente Carlitos – o adorável vagabundo das aventuras hilárias do cinema mudo em nossos inesquecíveis tempos de criança – disse certa vez que a ambição envenenou a alma dos homens, ergueu um muro de ódio ao redor do mundo, nos atirou dentro da miséria e também do ódio.
Ensinou-nos que desenvolvemos a velocidade, mas nos fechamos em nós mesmos;
Ensinou-nos que as máquinas que trouxeram mudanças, nos deixaram desamparados.
Chaplin nos mostrou também que nossos conhecimentos nos deixaram cínicos e que nossa inteligência nos deixou duros e impiedosos.
Mostrou-nos que pensamos demais e sentimos muito pouco.
Mostrou-nos que mais do que maquinas, nós precisamos de humanidade; mais do que inteligência, precisamos de bondade e compreensão.
Sem estas qualidades – disse Chaplin – a vida será violenta e estaremos todos perdidos.
Charles Chaplin morreu há mais de 40 anos, quando tinha 88 anos de idade.
Morreu exatamente no dia de natal.
Além de ator, foi diretor, produtor, humorista, empresário, escritor, comediante, compositor, dançarino e roteirista.
Apesar de sua vasta obra, Charles Chaplin nos chama a atenção neste momento para os seus ensinamentos de vida.
Sábios ensinamentos que, se seguidos por todos, com certeza nos teriam levado por outros caminhos, caminhos bem diferentes dos que acabamos trilhando.
Este sábio inglês nos ensinou o caminho da tolerância e da paz; ensinou-nos o caminho do amor, da bondade e da compreensão.
Ensinou-nos, enfim, as virtudes da vida.
Mas a verdade – a grande verdade – é que o homem embruteceu seu coração.
Nós endurecemos nossos corações.
Endurecemos o coração ao ponto de não saber discernir mais o que é bom e o que é ruim.
Não sabemos mais o que é o bem e o que é o mal.
E na maioria das vezes em que agimos a nossa ambição desenfreada nos remete sempre ou quase sempre para o lado do mal.
Carlitos, o vagabundo criado por Chaplin para o cinema mudo, tentou nos mostrar, através de sua mímica, através de gestos simples o caminho do bem. Ele nos mostrou um caminho a seguir.
Nós é que simplesmente o ignoramos.
Ignoramos ou simplesmente nos recusamos a aprender com ele.
A vaidade e a arrogância – tão próprias do homem – talvez não nos tenham deixado enxergar tudo isso.
Do alto da nossa suficiência com certeza sequer nos esforçamos em entender aquela mensagem.
Afinal – devemos ter pensado naquele momento – o que um vagabundo maltrapilho terá para nos ensinar?
Mas Gandhi – o grande líder indiano Mahatma Gandhi – ensina que o dinheiro faz homens ricos, o conhecimento faz homens sábios, mas a humildade faz grandes homens.
E Chaplin, pela sua humildade, foi, sem dúvida, um grande homem.
(Do livro Opinião com Chico Leal)