Até logo é uma breve despedida.
Quando dizemos até logo, estamos dizendo até breve.
Quando dizemos ate breve ou até logo, na verdade estamos querendo dizer um vou ali e volto já.
Às vezes estamos simplesmente querendo dizer um até amanhã.
Dizem alguns que até breve não passa de um adeus disfarçado. Mas nem sempre é assim. Nem sempre um até logo, um até breve, um até amanhã, é um adeus disfarçado.
Um ate breve é só um até breve; um até logo é só um até logo; um até amanhã é só um até amanhã.
Se fosse um poeta aproveitaria para dizer:
Até logo!
Aqui ficam férteis momentos
do meu viver.
Na lágrima levo a aurora
na bagagem o mundo,
vou-me embora.
Mas que bobagem.
Aqui não tem poeta e muito menos despedida.
São apenas divagações…
Como diz Martha Medeiros, “meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei”.
Um até logo ou um até breve.
Ou um pouco mais de Martha Medeiros: “O único silêncio que perturba, é aquele que fala. E fala alto. É quando ninguém bate à nossa porta, não há emails na caixa de entrada, não há recados na secretária eletrônica e, mesmo assim, você entende a mensagem”.
Até logo…
A esperança, diz o ditado popular, é a ultima que morre.
Mas vivemos uma época em que é difícil manter viva a esperança.
É muito difícil ter esperança num país atolado em corrupção e que não preza mais os seus valores éticos.
Olhamos para trás e às vezes temos a sensação de que fizemos tudo errado. E quando isso acontece geralmente ficamos desolados e a esperança, que já era pequena, desaparece por completo.
Mas a vida segue.
Mesmo que você esteja sem esperança, levante a cabeça e siga em frente.
Ande para frente porque o relógio do tempo não anda para trás.
Seguir em frente é importante; seguir em frente é necessário.
Seguir em frente não é uma opção, é uma obrigação.
Quando passamos por momentos complicados e adversos, há uma parte do nosso cérebro que nos encoraja a avançar. É a voz da lógica.
Sobre isto tudo, me acorre palavras do médium brasileiro Chico Xavier conhecido mundialmente.
Chico Xavier, que também teve suas dificuldades e as enfrentou de cabeça erguida, certa vez escreveu sobre essa situação.
Tudo passa…
Todas as coisas na Terra passam.
Os dias de dificuldade passarão…
Passarão, também, os dias de amargura e solidão.
As dores e as lágrimas passarão.
As frustrações que nos fazem chorar… Um dia passarão.
A saudade do ser querido que está longe, passará.
Os dias de tristeza…
Os Dias de felicidade…
São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal
as experiências acumuladas.
Se, hoje, para nós, é um desses dias,
repleto de amargura, paremos um instante.
Elevemos o pensamento ao Alto
e busquemos a voz suave da Mãe amorosa, a nos dizer carinhosamente: isto também passará.
E guardemos a certeza pelas próprias dificuldades já superadas que não há mal que dure para sempre, semelhante a enorme embarcação que, às vezes, parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas.
Mas isso também passará porque Jesus está no leme dessa Nau e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a agitação faz parte do roteiro evolutivo da Humanidade e que um dia também passará.
Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro porque essa é a sua destinação.
Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos, sem esmorecimento. E confiemos em Deus, aproveitando cada segundo, cada minuto que, por certo, também passará.
Tudo passa…
exceto Deus.
Nesta quarta-feira, 18 de setembro, comemora-se o Dia dos Símbolos Nacionais.
Nossos símbolos são a Bandeira Nacional, as Armas Nacionais, o Selo Nacional e o Hino Nacional.
Antigamente – mas não tão antigamente assim – qualquer estudante sabia de cor e salteado quais nossos símbolos pátrios. Não só sabia, respeitava-os.
Infelizmente as coisas mudaram.
O sentimento de amor e respeito à Pátria e aos seus símbolos anda cada vez mais escasso.
Nosso patriotismo está sumindo e as datas de nosso calendário cívico são lembradas apenas pelos feriadões que proporcionam. Nada mais do que isso.
Amar a Pátria também é uma coisa para poucos. Ser patriota é para poucos.
Ser patriota é ter um sentimento de amor e de respeito à Pátria e aos seus símbolos.
Patriotismo é o espírito de solidariedade que une as pessoas em torno de interesses comuns em beneficio da pátria.
Patriotismo é sinônimo de dignidade.
Patriotismo é amor, é devoção, é sentimento – é algo que se sente.
O patriotismo, como ensina o jurista Miguel Reale, também significa devoção ou dedicação, orientação das forças do espírito no sentido de bem estar nacional. O bem estar da população deve estar acima de interesses ideológicos ou de grupos isolados.
Miguel Reale defende a tese de que “esquecemo-nos frequentemente de ligar cidadania a patriotismo, vocábulos que deveriam andar sempre juntos …”.
Por esta abordagem, o patriotismo reúne sob a sua definição um valor político e principalmente de senso de justiça.
Não é patriota verdadeiro quem fecha bondosamente os olhos ante comportamentos desabonadores de políticos, ainda que de nossa preferência partidária, e, no plano da vida civil, perante atos desairosos praticados por pessoas ligadas a nosso círculo de amizade.
No Brasil, este risco de não formular um juízo imparcial por falso patriotismo é bem grande; grande porquanto nos envaidecemos em demasia com nossa capacidade de dar sempre um “jeitinho”, condenável quando significa falta de responsabilidade, ou modo astucioso de contornar o dever da verdade e da justiça.
Assim, ser patriota é sentir ardor com as coisas que fazem bem ao nosso país, é se indignar com todos os atos que denigram a sua imagem.
Ser patriota é defender os interesses do seu país, é respeitar e proteger os seus símbolos e trabalhar pela construção de um país melhor e de uma sociedade mais justa.
Barak Obama, ex-presidente norte-americano, disse certa vez que “Ao enfrentar as situações impossíveis, as pessoas que amam o seu país podem muda-lo”.
Bem antes de Obama, no entanto, nosso mártir Tiradentes já dizia que “se todos quisermos, poderemos fazer deste país uma grande nação,
Vamos fazê-la”.
Já passamos por bate bocas de vários níveis no Brasil dos últimos meses, no Brasil de Bolsonaro, para ser mais claro.
Tivemos o caso dos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, tivemos os casos do Coaf e da Ordem dos Advogados do Brasil; tivemos a polemica da Amazônia e a queda de braço com a França e o Chile, além de muitos outros incidentes.
Agora, uma nova discussão se aproxima do centro do ringue verde amarelo. Vem aí o debate sobre o teto de gastos.
Em seu breve reinado, Michel Temer estabeleceu por lei que o país só poderia gastar seus recursos até determinado limite. Temer fez certo, afinal todos precisam economizar, todos precisam gastar menos inclusive o governo central.
Acontece que, por conta desse limite imposto pelo governo passado e também pela economia não ter sido levada tão a sério, o dinheiro acabou e o ano não. O ano segue.
Graças a isso, a Nação segue seu destino sem recursos para várias ações importantes, entre elas a educação.
A educação brasileira – boa ou ruim – não pode parar por falta de recursos; a saúde – boa ou ruim – não pode parar por falta de recursos, a segurança pública – boa ou ruim – não pode parar por falta de recursos; enfim, o país não pode parar por falta de dinheiro.
Mas o governo não tem alternativas. A lei impede qualquer iniciativa que se possa ter no sentido de bancar despesas.
Acabar com o limite imposto no passado seria o caminho a seguir, mas já tem gente gritando contra isso.
“Se o teto de gastos cair, será licença para gastar”, ataca a jornalista Miriam Leitão, colunista do jornal O Globo.
“Mexer no teto de gastos é um erro”, alerta o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
E agora?
Que o Brasil precisa gastar menos, todos sabem. Mas enquanto o país não consegue essa proeza, o que fazer?
É justo o governo deixar milhares de bolsistas ao deus dará, sem condições de prosseguir seus estudos e suas pesquisas em nome de uma imposição de limites?
É justo o povo brasileiro ficar sem atendimento em postos de saúde e hospitais públicos por conta disso?
A liberação de recursos para gastos que só oneram os cofres públicos não deve e não pode acontecer, evidentemente. Mas educação, saúde e segurança pública não podem ser vistos como gastos desnecessários.
Até por que não são gastos.
São investimentos.
Costumo, por hábito, falar em gratidão.
Não só falo, mas costumo praticar a gratidão.
Ser grato é coisa para poucos. É difícil ser grato. O ser humano não gosta de ser grato. Não gosta de agradecer nem mesmo pelo bem que um dia recebeu.
Não deveria ser assim.
Afinal não devemos e nem podemos esquecer o copo d’água que alguém nos oferece quando estamos desfalecendo de sede; como esquecer esse alguém!?
Não podemos nem devemos esquecer o empurrão que abriu a porta quando precisávamos entrar.
A gratidão, como escreveu Cícero Alvernaz, é um dos sentimentos mais nobres que existe. Pena que o homem não saiba disso.
Ser grato é abrir o coração e deixar fluir este sentimento que envolve a nossa alma.
Ser grato é reconhecer um benefício que recebemos e que nada nos custou, embora seja algo tão caro e tão relevante.
Para ser grato é preciso ter sensibilidade, é preciso ter humildade, enfim, é preciso ter amor.
Só agradece as bênçãos de cada dia quem pode ver e sentir a beleza da flor, a importância do ar e a ternura do orvalho.
A relva sorri e agradece na sua simplicidade sentindo de manhã os primeiros raios de sol, após uma noite fria e uma madrugada gélida.
Assim devemos ser.
Assim devemos agir.
Mas quanta ingratidão ainda existe no mundo.
Uma pessoa ingrata é capaz de pagar o bem com o mal.
Uma pessoa ingrata é espiritualmente cega, é uma pessoa que não vê e não reconhece o bem que recebe todo dia.
É fácil reconhecer uma pessoa ingrata. Geralmente ela nem responde o cumprimento de bom dia que recebe, preferindo ficar calada, ou simplesmente virar o rosto. É uma pessoa extremamente triste, sozinha e infeliz.
Uma pessoa grata atrai coisas boas e está sempre pronta a fazer o bem. Ela ajuda as pessoas sem esperar nenhuma recompensa e assim o faz em gratidão pelo que recebeu e recebe a cada dia. Ela é capaz de ver nas pequenas coisas grandes motivos para se alegrar e razões para agradecer.
A gratidão gera outros sentimentos e forma uma corrente do bem. Só faz o bem quem reconhece que recebeu o bem e se sente impulsionado a espalhar a semente que germina e produz a bondade nos corações.
Se a pessoa não tem este sentimento, não vê razão para ajudar o próximo, não sente que foi ajudada.
Esta é uma realidade que podemos ver diariamente. Seja grato. Agradeça pelo dia e pela flor que gentilmente se abre em nosso caminho. Agradeça pela luz, pelo ar, pelo alimento. Agradeça a Deus por este momento! Como disse certa vez um poeta, a gratidão desbloqueia a abundância da vida. Ela torna o que temos em suficiente, e mais. Ela torna a negação em aceitação, caos em ordem, confusão em claridade. Ela pode transformar uma refeição em um banquete, uma casa em um lar, um estranho em um amigo. A gratidão dá sentido ao nosso passado, traz paz para o hoje, e cria uma visão para o amanhã.
Seja grato.
Cada um tem sua cruz e não devemos reclamar daquela que nos foi dado carregar.
Ninguém está livre de problemas e temos que encarar essa jornada com alegria e de cabeça erguida.
A vida é dura, mas ficar reclamando da carga que tem que carregar só vai torná-la mais pesada.
Pare de reclamar e siga em frente.
Neste 14 de setembro que se aproxima, quando se celebra o Dia da Cruz, ou o Dia da Santa Cruz, como queiram, é cada vez mais necessário que cada um carregue pelas estradas da vida a cruz que lhe foi destinada.
Com certeza você já se pegou pensando: eu não queria ter os problemas que o vizinho tem.
Só que cada um tem a carga de problemas que deveria ter.
Dizem os budistas que a única coisa comum entre os homens é o sofrimento.
Somos iguais a todo mundo. Temos problemas. Enfrentamos a dor e o sofrimento.
Mas isso não nos impede de ser feliz.
De cada dificuldade, de cada situação difícil, devemos tirar lições preciosas.
Passamos muito tempo dando murro em ponta de faca, tentando mudar o que está fora do nosso alcance. Queremos mudar os outros, ao passo que descuidamos de mudar a nós mesmos.
Queremos que os outros melhorem a maneira de ser, enquanto deixamos de nos tornar uma pessoa melhor, uma versão melhor de nós mesmos.
Não reclamar da própria cruz significa aceitar a carga de problemas que temos que carregar. Aceitação passa muito longe da resignação, pois temos que lutar duro para passar pelas adversidades.
A aceitação torna a carga mais leve. A aceitação nos traz serenidade para enxergar as soluções, nos traz a calma necessária para fazer o que tem que ser feito, sem se desesperar.
Enquanto praguejamos caímos e deixamos de perceber onde tropeçamos.
A aceitação nos dá a coragem para enfrentar os problemas e nos torna mais fortes para solucioná-los.
Continuar reclamando dos problemas é sinal de que ainda não os aceitamos.
Este é mais um dos paradoxos da vida que temos que aprender a lidar. Enquanto não aceitamos os problemas simplesmente não nos livramos deles.
Esses problemas do dia a dia representam exatamente a cruz de cada um de nós. É uma cruz por dia, como nos ensina a bíblia.
E como disse Santo Agostinho “Deus sabe do mal tirar o bem, senão não teria permitido a dor nos atingir”.
Um abençoado Dia da Cruz a todos.
Estamos acompanhando faz algum tempo uma estranha disputa na política do Piauí. E a cada dia que passa fica difícil, impossível mesmo, se entender alguma coisa.
Falo da disputa entre deputados estaduais e seus suplentes na Assembleia Legislativa.
Chama a atenção a garra com que os suplentes defendem suas posições. Os suplentes querem ser deputados, mesmo não tendo sido eleitos, o que caracteriza uma clara inversão de ordem nas coisas.
Suplente – os dicionários ensinam isso desde os primórdios – é aquele que pode ser chamado a exercer as funções de outro, na falta deste.
O suplente é um substituto; no futebol seria o reserva. Na politica suplente.
Suplente é aquele que substitui quem não pode exercer a sua função por algum motivo. O suplente não exerce o cargo até que o titular se desligue, sendo a função do suplente apenas permanecer disponível para assumir.
Fica claro, pois, que suplente não é deputado. E nessa condição o parlamento ou o governo ou quem quer que seja não devem a nenhum deles qualquer obediência perante a lei, muito menos a obrigação de torná-los uma espécie de deputados sem votos.
Esses suplentes quiseram emparedar o próprio governador exigindo cargos no primeiro escalão no governo enquanto durasse a presença dos deputados em seus mandatos legitimamente conquistados.
Faltou bom senso nesta peleja e por isso o movimento se tornou ridículo e alvo de chacotas.
Se há culpa no governo por isso tudo, se deve talvez ao fato do uso do cachimbo.
O governo acostumou mal seus suplentes, aqueles que se submetem a tudo por uns períodos na Assembleia Legislativa. E como o uso do cachimbo faz a boca torta, querem agora a repetição da farra de convocação que se verificou no mandato passado.
Por ser político, por ser suplente, a pessoa não pode e nem deve exigir que o estado banque o seu sustento e o de sua família.
O Piauí, infelizmente, padece desse tipo de coisa há bastante tempo.
O Piauí abusou tanto nessa história de convocar suplentes que no dia em que resolve, por um problema ou outro, não convocar ninguém rende motivos para uma verdadeira rebelião dentro o próprio governo.
É a tal coisa de querer entrar no céu sem ter pelo menos morrido.
O eleitor, além da obrigação do voto, tem também a obrigação de acompanhar o comportamento dos políticos de sua preferência.
Nem que seja para na eleição seguinte não repetir o voto.