25/11/2024

Chico Leal

Igualdade

28 de agosto de 2020

Quando um pássaro está vivo, ele come formigas.

Quando um pássaro está morto, as formigas o comem.

Por isso, não se considere superior a ninguém.

Não humilhe e nem subestime ninguém.

O tempo e as circunstâncias podem mudar a qualquer momento.

Você pode se sentir poderoso, mas, lembre-se de que o tempo é mais poderoso que você.

Humilhar alguém não te fará mais forte ou mais importante. Te fará apenas mais miserável.

Olhe para mim e para você. Eu e você somos iguais, somos pessoas iguais às outras.

Inferior é aquele que se acha superior.

Hoje na minha geladeira tem comida,  mas, por algum tempo, já esteve vazia.

Hoje eu consigo pagar as minhas contas sem nenhuma preocupação, mas teve época em que o meu nome estava negativado e eu pedi cartão de crédito emprestado dos meus irmãos para fazer o mercado.

Eu já ganhei dinheiro e também já perdi.

Todos nós temos altos e baixos na vida.

Alguns certamente mais do que os outros.

Todos nós enfrentamos períodos de seca.

Por isso, nunca julgue alguém pelo cargo que ele ocupa ou pelos bens materiais que possui.

Não importa o quão grande é a sua casa ou o quão novo é o seu carro, os imóveis que você possui ou quanto você tem no banco.

Quando sofremos um tombo, todos nós sangramos. E todos nós morreremos um dia.

As coisas materiais que você possui são da terra e permanecerão aqui. Ou será que por um acaso você já viu um caminhão de mudanças seguindo um cortejo fúnebre? Com certeza não.

Do pó nós viemos. para o pó todos nós voltaremos.

Essa pandemia que estamos vivendo, lembrou-nos mais do que nunca disso tudo.

Por isso, enquanto é tempo, descubra o que é compaixão.

Pare de ser orgulhoso, pare de julgar as pessoas, pare de humilhá-las; pare de maltratar os empregados, a sua esposa, os seus filhos…

Todos nós estamos aqui para servir.

E aquele que não vive para servir, não serve para viver.

O seu ego inflado, com certeza te impedirá de ter experiências reais com

Cristo.

Seja bem bondoso e generoso com as pessoas.

E você que ainda está lutando para vencer, quando crescer e subir na vida, continue sim cumprimentando as pessoas, pois, caso contrário, serão elas que você verá quando começar a cair.

Seja lá qual for a sua posição, nunca se esqueça de servir aos outros. É mais gratificante você doar do que receber.

Nunca esqueça que no túmulo termina toda a vaidade e começa sabe o que?

Começa a igualdade.

Viva a vida!

27 de agosto de 2020

A velhice é uma espécie de certeza do fim inexorável que se aproxima.

Às vezes de forma lenta, mas constante; às vezes rapidamente, com muita pressa.

A velhice é realmente uma certeza, é um prenúncio do fim inevitável.

Por oportuno, uso como roteiro texto de um psicólogo chamado Joston Miguel.

Estamos envelhecendo.  Não nos preocupemos! 

É assim mesmo.

Envelhecer é um processo natural, é uma lei do Universo. Lei que diz que tudo que foi composto será decomposto, tudo que foi construído será destruído, tudo foi feito para acabar. 

Como fazemos parte do universo, essa lei também opera em nós. 

Com o tempo, os membros se enfraquecem, os sentidos se embotam. 

Sendo assim, relaxe e aproveite. A morte é o alvo de tudo que vive.

Faça apenas isso. Preocupe-se com um dia de cada vez.

Como disse um dos meus amigos a sua esposa: Me use, estou acabando!

Engraçado, porém realista.

Ficar velho e cheio de rugas é natural.

Não queira ser jovem novamente, você já foi.

Pare de evocar lembranças de romances mortos, vai se ferir com a dor que a si próprio inflige. 

Você já viveu essa fase, reconcilie-se com a sua situação e permita que o passado se torne passado.

Esse é o pré-requisito da felicidade. O passado é lenha queimada.  O futuro é o tempo que nos resta: finito, porém incerto, como dizia Cícero.

Abra mão daquela beleza exuberante, da memória infalível, da ausência da barriguinha, da vasta cabeleira e do alto desempenho, para não se tornar caricatura de si mesmo. 

Querer reconquistar esse passado seria um retrocesso e o preço a ser pago muito elevado. 

Serão muitas plásticas, muitos riscos e mesmo assim você verá que não ficou como outrora.

 A flor da idade ficou no pó da estrada.  Guarda os bisturis e toca a vida.

Essa resistência em aceitar as leis da natureza acaba espalhando sofrimento por todos os cantos.  Advêm consequências desastrosas quando se busca a mocidade eterna, as infinitas paixões, os prazeres sutis e secretos, as loucas alegrias e os desenfreados prazeres.

Isso se transforma numa dor que você não tem como aliviar e condena à ruína sua própria alma. 

Discreto, sem barulho ou alarde, aceite as imposições da natureza. 

Sofrer é tentar resgatar algo que deveria ter vivido e não viveu.  Se não viveu na fase devida, o melhor a fazer é esquecer.

Você não tem de experimentar todas as coisas, passar por todas as estradas e conhecer todas as cidades.  Isso é loucura, é exagero.

Faça o que pode ser feito com o que está disponível. 

Para o seu bem, esqueça o que passou.  Tem tantas coisas interessantes para se viver na fase em que está. 

Coisas do passado não nos pertencem mais.  Aceitando ou não, o processo vai continuar.

 

(Do livro Opinião com Chico Leal)

 O que vem por aí

26 de agosto de 2020

 Lincoln, um ex-presidente americano, ensinava que jamais criaremos estabilidade permanente baseado em dinheiro emprestado.

Lincoln também ensinava que jamais evitaremos dificuldades financeiras se gastarmos mais do que ganhamos.

Lincoln foi um rico e importante industrial americano, portanto sabia o que estava falando.

Uma pena que nem todo mundo pense assim, inclusive aqui no Piauí.

O Piauí é um estado rico, mas sua riqueza, pelas coincidências da vida, só aparece de dois em dois anos, nos anos pares, nos anos de eleição.

Em ano par, em ano de eleição, o Piauí pobre desaparece como num passe de mágica. Igual àquela história do “se fui pobre faz tanto tempo que nem lembro”.

É sempre o Piauí rico que vai às urnas. É sempre o Piauí de um futuro imaginário radiante que vai às urnas, mesmo que tudo vá se acabar antes, bem antes da quarta-feira de cinzas.

Tudo isso tem consequências. E consequências graves para todos nós pagadores de impostos.

O Piauí acaba de ter sua condição de pagamento rebaixada junto ao Tesouro Nacional.

O Piauí que tinha o conceito B caiu para o conceito C e com isso foi para o espaço também a sua tão falada e invejável capacidade de endividamento.

Entre 2016 e 2019, o governo do Piauí contraiu empréstimos no valor de 2 bilhões e 600 milhões. Agora não pode mais fazer empréstimos com aval da União.

Não aprendemos ainda a diferença entre ser rico e querer ser rico.

Dizer que o Piauí está bem próximo do abismo não é torcer contra nem torcer pelo quanto pior melhor. É apenas um alerta. Um alerta de quem quer o bem do Piauí.

É natural que a população queira saber o que foi feito com todo esse dinheiro.

É muito dinheiro para não se conhecer o seu destino.

É muito dinheiro para passar pelos cofres públicos sem deixar marcas visíveis no estado.

É muito dinheiro para um estado pobre que não tem uma grande obra para mostrar.

Cobrar explicações não é pedir muito.

Cobrar uma prestação de contas real não é pedir muito, afinal essa conta será paga por nós. Por cada um de nós.

Os governantes futuros estão avisados desde logo: O Piauí de hoje é um estado de futuro sombrio, para ser elegante, porque o Piauí de hoje é mesmo, na verdade, um estado sem qualquer futuro.

Não se governa sem pensar no amanhã. Governar é também se preocupar com o que vem pela frente, inclusive com as pessoas que ainda virão e que um dia certamente terão muito trabalho para corrigir os erros atuais.

Que Deus em sua infinita sabedoria tenha piedade de nós!

O Piauí que não vai

25 de agosto de 2020

O empresário Silvio Leite, ainda hoje considerado por muitos como um dos gênios da propaganda, quando serviu ao governo estadual cunhou a frase “É feliz quem vive aqui”.

A frase, bem recebida no meio, assinava todas as peças publicitárias do governo Wellington  Dias.

Sílvio se foi e seu substituto criou o “O Governo do Desenvolvimento”. Mais à frente, surgiu então o “Piauí que cresce com a sua gente”.

Sílvio Leite com o seu “É feliz quem vive aqui”, tentou levantar a autoestima do piauiense e, a bem da verdade, até que conseguiu melhorar o ânimo de muitos.

As demais adotaram outro caminho. Procuravam fazer com que as pessoas acreditassem que o Piauí era um estado em pleno desenvolvimento e que crescia com a sua gente.

O tempo passa e o que acontece? Nada!

As estatísticas teimosamente nos mostram que o Piauí continua com a bola murcha. Muito murcha.

Apesar da criatividade dos publicitários, continuamos sem apresentar crescimento real algum.

O único crescimento por estas bandas tem sido no numero de pessoas beneficiadas pelo governo federal com o programa Bolsa Família. E isto não deve ser tomado como motivo de orgulho. Pelo contrário.

Quando se amplia o numero de pessoas dependentes de programas oficiais de distribuição de renda é sinal de que as coisas não vão tão bem assim.

Os últimos números do governo federal mostram que o Piauí que cresce com a sua gente tem mais beneficiários do programa Bolsa Família do que empregos formais.

São 453 mil pessoas que recebem o benefício e apenas 289 mil empregados.

Trocando em miúdos: Dos pouco mais de 3 milhões de habitantes do Piauí, pelo menos 1 milhão e 800 mil pessoas sobrevivem de uma forma ou de outa graças ao Bolsa Família, direta ou indiretamente.

Triste realidade, a nossa.

Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, por exemplo, respiram ares diferentes. Lá, o numero maior é de empregos formais.

Os números atestam que por estas bandas, a única coisa que cresceu foi a miséria.

Situação essa que pode ser visto a olho nu, sem qualquer dificuldade, andando pelas ruas de nossas cidades. Observem como cresceu de forma assustadora o numero de pedintes perambulando pelas principais avenidas.

Muitos certamente dirão que a culpa é da pandemia, que a culpa é do coronavírus.

O vírus deve ter lá sua participação, claro. Mas o vírus é um elemento novo na nossa história e na nossa economia. Ele começou em março e as nossas mazelas estão expostas há muito mais tempo.

Saudades do tempo do “É feliz quem vive aqui”!

Mesmo sendo um tempo também de mentirinha, de faz de conta!

Dia da injustiça

24 de agosto de 2020

Domingo passado, 21 de agosto, foi o dia de combate a injustiça. Por ser um domingo, talvez, passou inteiramente despercebido entre nós. Uma pena.

O combate à injustiça deve ser permanente, deve ser efeito do dia a dia.

Uma boa prática para homenagear o dia do combate à injustiça é revisar as próprias atitudes e aceitar o desafio de mudá-las, mesmo que isto represente perdas de quaisquer natureza.

Lembre-se que ao final da jornada, a única vitória possível é a felicidade de ter vivido uma experiência que contribuiu para o crescimento das pessoas e a melhoria do planeta, o que se faz com solidariedade e justiça.

Rui Barbosa disse há mais de cem anos, em discurso no Senado Federal, que a falta de justiça é o grande mal de nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação.

– A injustiça – prossegue Rui – desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte; promove a desonestidade, promove a venalidade, promove o relaxamento, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.

Apesar do tempo não há quem não reconheça nas palavras de Rui um retrato do Brasil atual. Mais do que um discurso, o pronunciamento assume hoje a condição de uma profecia.

O Brasil vive hoje exatamente, sem tirar nem por, essa condição de desânimo. O brasileiro rir da própria honra.

Vivemos numa época em que ser honesto é motivo de galhofas, de piadas; uma época em que o homem honesto não é honesto é otário, idiota. Tal como na profecia de Rui Barbosa revelada em 1914.

Com certeza ainda há honestos no Brasil, mas o mal parece triunfar de forma inevitável. Os fatos do nosso dia a dia mostram e estão nos convencendo disso.

Como faz falta um mestre como Rui Barbosa, um mestre que ensina que política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam com a outra. Antes, se negam, se repulsam mutuamente.

A política é a higiene dos países moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada.

Promova a justiça.

Comece por você.

Seja mais gentil, cumprimente o próximo olhando nos olhos, elogie alguém sem pretensões de receber algo em troca.

E não esqueça: Calar-se diante das injustiças não é ser da paz, é ser omisso.

 As voltas do mundo

21 de agosto de 2020

O mundo dá muitas voltas, realmente.

Por isso não devemos nos surpreender ao reencontrar alguém. A vida é um eterno vai e vem.

Pensando e agindo assim nunca me surpreendo quando reencontro Charles Chaplin, o mítico e mais completo artista inglês de todos os tempos e seus textos maravilhosos:

Já perdoei erros quase imperdoáveis; já tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas que eu nunca pensei que iriam me decepcionar, mas também já decepcionei alguém.

Já abracei para proteger, já dei risada quando não podia; fiz amigos eternos e amigos que eu nunca mais vi.

Já amei e fui amado, mas também já fui rejeitado.

Fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas… e quebrei a cara muitas vezes!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só para escutar uma voz, já me apaixonei por um sorriso.

Já pensei que fosse morrer de tanta saudade.

Já tive medo de perder alguém especial e acabei perdendo!

 Mas vivi! E ainda vivo.

Não passo pela vida. E você também não deveria passar. Viva!

Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, por que o mundo pertence a quem se atreve.

E a vida é muito para ser insignificante.

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.

No palco da vida, cansei de ser apenas um ator usando máscaras e passei a ser o roteirista que escreve o próprio espetáculo.

Muitas pessoas passam por nossas vidas. Algumas por mais que nos esforcemos são como cometas, somem rapidamente, outras não. Bastam um simples olhar para descobrirmos que jamais serão esquecidas por mais que o tempo passe.

Mas com a vida aprendemos. E aprendemos muito.

Aprendemos que não podemos exigir o amor de ninguém.

Aprendemos que poderemos passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.

A vida ensina que devemos aproveitar o presente, como um presente que da vida recebemos, e usá-lo como um diamante que nós mesmos temos que lapidar, dando-lhe forma da maneira que escolher.

Viva a vida!

O amigo

20 de agosto de 2020

Amigo é uma coisa que todo mundo tem.

Ou pelo menos acha que tem.

Amigo é coisa que você acha que tem muitos, mas na hora da necessidade observa que não tem tantos assim.

Tem um, dois… às vezes nenhum.

Todos, ou quase todos, já puderam comprovar isso.

A quantidade de amigos que você acha que tem depende de sua condição social, política e econômica.

Se você tem status social, com certeza tem muitos amigos; se você tem dinheiro, tem mais amigos ainda; se você é político e tem poder de mando, pode nomear, pode empregar, pode demitir, com certeza tem uma grande legião de amigos e fiéis seguidores.

Assim é a vida.

Em sua Canção da América, Milton Nascimento canta que amigo é coisa para se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração. Amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito.

Uma pena que nem todos os amigos possam ser enquadrados nesses bonitos versos.

A psicologia ensina que o amigo de verdade quer o seu bem. Amigo falso lhe usa apenas para que você possa alegrar a vida dele, dar mais dinamismo, escutar continuamente problemas que nunca mudam. Amigo falso não sabe ouvir, não tem essa capacidade.

Você pode ter amigos fiéis, sinceros; amigos com quem pode contar a qualquer hora e em qualquer situação.

Mas você também pode ter amigos do tipo invejoso, tipo oportunista, tipo espertalhão, tipo preconceituoso; você pode ter amigos tipo desonesto, tipo enrolão, tipo aproveitador, tipo engraçado, tipo amigo da onça.

Enfim, você pode ter amigos de toda espécie e qualidade.

Difícil mesmo é saber quem é quem.

Quem é aquele que te usa para conseguir um objetivo pessoal e depois te abandona?

Quem é o que te pede um empréstimo e depois desaparece?  Quem é o que te promete o céu e te abandona no inferno?

Infelizmente só se tem uma resposta para essas questões quando a oportunidade surge, principalmente se você não costuma fazer pré-julgamentos.

Uma pena que o amigo às vezes nos decepcione, levando-nos a seguir o conselho do grande poeta brasileiro Mário Quintana:

Não te abras com teu amigo

Que ele um outro amigo tem

E o amigo do teu amigo

Possui amigos também…

Mesmo assim, você não vive sem um amigo.

O amigo, o verdadeiro amigo, chora com você as desventuras, mas também vibra com suas conquistas.

Ele é essencial.

O amigo é indispensável.

Até quando!?

19 de agosto de 2020

Até quando o politico brasileiro vai usar e abusar de mordomias?

Está mais do que na hora de se questionar isso. É preciso acabar urgentemente com o abuso no uso de recursos públicos para pagar salários tão elevados e mordomias as mais diversas a políticos. Essa praga, que atinge todos os níveis da política brasileira, precisa de um basta, inclusive aqui no Piauí.

Retorno ao tema a propósito da releitura do livro “Um país sem excelências e mordomias”, da jornalista brasileira Cláudia Wallin.

O livro é de 2014, mas permanece atualíssimo.

A jornalista retrata um reino distante, chamado Suécia; um reino distante, mas que tem muito a ensinar aos eleitores brasileiros.

A Suécia é uma das nações mais ricas do mundo, mas lá os parlamentares não aumentam seus próprios salários;

Na Suécia, os parlamentares não possuem carro oficial, não possuem motorista ou um cortejo de assessores pagos com dinheiro público.

Na Suécia, o parlamentar anda de ônibus, de metrô, de bicicleta e até a pé.

Na Suécia, o parlamentar corre o sério risco de cair em desgraça se usar um táxi sem necessidade ou simplesmente por comprar uma barra de chocolate com o cartão corporativo.

Na Suécia, vereador não tem salário e político vive em casas simples; além disso, o político ainda limpa sua própria casa e dá dicas na imprensa sobre como fazer uma limpeza mais eficaz.

Cláudia Wallin morou dez anos em Estocolmo e jura que isso tudo é verdade. Para nós brasileiros, pode até parecer ficção, mas é verdade, é a mais pura verdade.

Na Suécia é assim.

Deputados e ministros lavam e passam suas próprias roupas.

Qualquer político é chamado simplesmente de você, pois o tratamento de “Excelência” foi abolido faz tempo.

Convém lembrar que a Suécia há menos de cem anos era um país pobre, mas habitado por um povo determinado a sair da pobreza e do atraso.

A pergunta que se faz é: Porque a Suécia conseguiu em tão pouco tempo sair da condição de estado pobre para a condição de estado rico, muito rico?

A resposta, por incrível que pareça, é muito simples, bastante simples. A Suécia fez pesados investimentos em educação, ciência, tecnologia, justiça e em projetos nacionais integrados.

Além de não investir como deve em nada disso, o Brasil ainda sustenta o segundo congresso mais caro do mundo – atrás apenas dos Estados Unidos.

O comportamento dos suecos é um verdadeiro tapa na cara de cada um de nós, dos políticos brasileiros, principalmente.

Não há mais entre os políticos brasileiros qualquer interesse pelas grandes causas nacionais; na política brasileira atual não existe mais o servir; existe apenas o ser servido.

Enquanto o Brasil funcionar assim, não conseguiremos sair desse lamaçal; enquanto o Brasil funcionar assim, político nenhum vai abrir mão de suas mordomias em nome da causa comum.

Se continuar assim, jamais seremos uma Suécia.

Se continuar assim, provavelmente vamos nos aproximar cada vez mais de uma Venezuela.

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