Contam que o problema do esperto é achar que todo mundo é bobo.
Mas, Tancredo Neves, nosso presidente que nunca assumiu, dizia que a esperteza quando é muita come o dono.
Não sei ainda como enquadrar o Piauí neste caso da esperteza, mas o governador Wellington Dias sim. Do governador Wellington Dias podemos dizer que ele é realmente esperto, muito esperto.
Tão esperto que quer desvincular parte dos recursos oriundos do precatório do Fundeb para gastar no combate ao coronaviorus.
Deve achar que é muito dinheiro para aplicar num único setor, mesmo que este setor seja a educação.
Do total de 1 bilhão e 600 milhões de reais, o governo está pedindo ao Supremo Tribunal Federal a desvinculação de 578 milhões para o combate ao coronavirus, com promessa de devolução no futuro.
Não precisa dizer que a reação popular foi de revolta.
A educação do Piauí anda aos pedaços há muito tempo. Todo mundo sabe disso, inclusive o governo.
Esse dinheiro do precatório obrigatoriamente terá que ser aplicado no setor educacional. É a grande chance que o Piauí tem de criar uma estrutura digna para seus alunos e mestres. A grande e possivelmente a única chance de se conseguir uma educação com escolas modernas, de qualidade e bem equipadas.
O governo estadual quer, pela sua proposta, aplicar parte desse dinheiro em programas de combate ao vírus, sem ao menos explicar que destino deu aos milhões já recebidos do governo federal para este fim.
Uma insensatez, no mínimo.
A educação é a base de tudo.
Não se pode, de bom senso, ignorar a importância da educação na formação das pessoas. Já ignoramos isso por tempo demais.
Além do mais, estão bem vivos na memória dos piauienses os vários escândalos com origem na Secretaria Estadual de Educação.
Quem não se lembra do Mosquito abençoado, aquele que consumiu quase 700 mil reais para ensinar os moradores do bairro Mocambinho e da pequenina cidade de Lagoa do Piauí a se livrarem do mosquito da dengue?
Quem não lembra da Operação Topic, a roubalheira de quase 120 milhões de reais que deixou alunos sem transporte escolar no Piauí inteiro?
Ninguém esqueceu ainda, com certeza.
Definitivamente, o mundo não é dos espertos. O mundo é das pessoas honestas e verdadeiras.
A esperteza um dia é descoberta e vira vergonha. A honestidade se transforma em exemplo para as gerações do futuro. Uma corrompe a vida, a outra enobrece a alma.
Relembro nesta sexta-feira o livro Cadeira de Balanço, de Carlos Drummond de Andrade, lançado pela Editora José Olympio, em 1972, um ano antes da minha chegada a Teresina.
É deste livro o texto Organiza o Natal, onde Drummond mais uma vez mostra toda sua exuberância literária.
“Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente embora, o resto é Natal.
É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito.
E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom.
Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas.
Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade.
Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com o sagüi ou com o vestido de baile. E o supra-realismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo.
Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma.
Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio.
O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores.
A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento.
A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som.
Livros? Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.
A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram; equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.
Como economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie.
Uma palavra será descoberta no dicionário: paz.
O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo. Salário de cada um: a alegria que tiver merecido.
Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.
Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas.
Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.
A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.
O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive.
E será Natal para sempre.
Ah! Seria ótimo se os sonhos do poeta se transformassem em realidade.
O Brasil vai celebrar no próximo sábado, 25 de julho, o Dia do Escritor. Devemos muito ao escritor.
O português José Saramago, mestre da literatura mundial, dizia que somos todos escritores, só que alguns escrevem e outros não.
Fernando Pessoa, outro português e igualmente mestre, dizia que a literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida.
Para a brasileiríssima Ivone carvalho não é diferente:
Ser escritor é ser alguém privilegiado, detentor e um presente divino doado a muitos, mas não a todos, e, para alguns, de forma muito especial, mais abrangente, mais criativa, mais útil, mais sensível.
O escritor é aquele que é dotado da capacidade de expor, através das letras, o seu conhecimento, sua sensibilidade, sua criatividade.
O escritor entrega a todos a bagagem que carrega ou que busca dentro de si ou no seu semelhante, de forma simples ou complexa, clara ou obscura, suave ou categórica, real ou ilusória, marcante ou passageira, bem ou mal humorada.
Ser escritor é sentir correr nas veias a necessidade de transmitir o que se sabe, o que se cria, o que se sente.
É honrar, antes de tudo, a si mesmo, dando vazão à sua ânsia de partilhar com o silêncio, os seus sonhos, seus pensamentos, sua imaginação, seu sofrimento, sua alegria, sua dor, sua viagem interior, suas dúvidas, suas certezas, suas promessas, suas descobertas.
É respeitar, em igualdade, o seu leitor, aquele que busca nas letras um momento de lazer, divagação, questionamentos e saber.
Ser escritor é sentir-se em constante ligação com o desconhecido, o mistério, o ideal, o espaço, o abstrato, a ficção, o real, o imaginável, o futuro, o presente, o passado. É visualizar na mente o não vivido, o querer viver, o fazer de conta que viveu.
É saborear uma ponta de vaidade ao se descobrir portador da voz do leitor, o binóculo de sua alma, o seu interlocutor.
É ter o poder de minimizar suas próprias dores ou de extravasar a alegria que já não cabe dentro do peito, quando se encontra só.
É transformar o silêncio em som constante, ouvindo as palavras da própria alma.
É possuir a capacidade da fácil introspecção, de se manter na solidão, ausentando seus pensamentos dos movimentos ao seu redor, para uma viagem de encontro ao turbilhão que existe dentro de si ou ao vazio do momento.
É descobrir como transformar em poesia uma dor, uma façanha, um medo, o desequilíbrio, a insanidade, a vitória, a decepção, a nostalgia, a perda, a derrota.
Ser escritor é ser privilegiado, é ser artista, é poder compor, divulgar, esclarecer, criar dúvidas, questionar, cantar, calar sem deixar de dizer, falar sem precisar usar a voz, comunicar sem estar presente.
É ser presente mesmo estando ausente. É imortalizar os seus pensamentos, os seus sentimentos, os seus conhecimentos, as suas mensagens, os seus anseios.
É eternizar um simples pensamento.
É cantar o amor em verso e prosa. É sentir, num simples fechar de olhos, o calor, o tato, o perfume, a lágrima, o sorriso, o escuro, a luz, e transformar tudo isso em versos que calem na alma do leitor.
É pintar, com letras, o cenário da vida, a tela da alma, as cores do amor.
Parabéns, escritor!
Com a aproximação de mais um pleito eleitoral é impossível não falar de política, é impossível não falar de eleição.
Eleição – assim como conhecemos hoje no Brasil – é uma conquista recente.
A eleição no Brasil não é um presente, não caiu do céu.
A eleição no Brasil é uma conquista, é uma grande conquista do povo brasileiro, que surgiu após anos e anos de muita luta.
Viemos de um tempo em que o voto era exclusivo dos ricos, dos fazendeiros.
E mesmo assim apenas para homens maiores de 25 anos.
Desde essa época, desde o Império, desde a época dos reis, o brasileiro já cobrava o direito ao voto livre para a eleição do parlamento imperial.
O brasileiro queria ter o direito de escolher seus representastes.
E queria escolher pelo voto secreto.
Para que se tenha uma ideia das dificuldades, só na década de 30 a mulher brasileira teve direito ao voto.
Mulher não votava, era proibido.
Foi à conta-gotas, mas conquistamos o direito ao voto livre e secreto.
Foi também no grito que reconquistamos o direito de votar quando esse direito nos foi tirado pela ditadura militar que se instalou no Brasil em 1964.
O voto, portanto, foi uma conquista que exigiu muito do povo brasileiro, exigiu até o sangue de muitos de nossos antepassados.
Ainda hoje o voto continua exigindo muito de todos nós.
Não podemos, pois, continuar decepcionando aqueles que tanto lutaram por essa conquista no passado.
Temos que honrar a memória dos nossos antepassados com o nosso voto.
Vamos honrar a memória dos que lutaram votando consciente.
Voto consciente que, aliás, é a grande exigência do ato de votar.
Vamos usar a nossa consciência como arma de defesa para as armadilhas que os espertos com certeza tentarão colocar em nosso caminho.
Esperteza, afinal, é o que não falta aos nossos políticos.
Numa democracia – como já disse – o voto tem uma importância fundamental.
Além de ser um ato de cidadania, votar é um gesto que vai definir o futuro não apenas de quem vota, mas de toda a população.
É com o voto, é com esse simples ato de votar, que vamos dizer o que queremos e quem queremos.
É com este simples gesto de votar que vamos aprovar ou reprovar o que vem acontecendo em nosso país, no nosso estado, em nossa cidade.
Por ter essa importância toda, o voto tem que ser uma coisa pensada, bem pensada.
Tem que ser uma coisa bem analisada, estudada.
Afinal, só com o voto podemos mudar os rumos da história.
Não com um voto qualquer, mas com um voto verdadeiramente consciente.
Todos concordam que a educação tem um valor impossível de se medir e é muito mais importante do que qualquer herança material. Todos nós sabemos que pessoas sem educação, pessoas mal-educadas, têm pouca chance de gerir bem um grande patrimônio herdado.
Isso quer dizer que é muito mais caro não ter a educação adequada. O patrimônio será derretido e, dada à falta de base, não haverá capacidade suficiente para reconstruir qualquer coisa.
Assim temos que concordar também que a educação é a principal herança que o pai deve deixar para o filho. É o melhor investimento que podemos deixar como herança.
Ao investir na educação de seus filhos, além do benefício óbvio, você ainda estará ajudando a construir um mundo melhor.
Pena que muita gente não pense assim.
Pena que nem todos os políticos, por exemplo, não pensem assim e com isso estão perdendo uma grande oportunidade de dar um bom exemplo a nação.
O político brasileiro, com as raras exceções de sempre, prefere levar seus filhos por outros caminhos. Caminhos às vezes mais fáceis, mas de futuro incerto neste Brasil que tenta sair da lama, apesar de tudo.
O politico brasileiro, já fartamente cevado pelo povo, em sua maioria, aprendeu também a transferir para este mesmo povo a responsabilidade pelo sustento de sua prole.
Em época de eleição isto fica bem claro.
Nas próximas eleições, o pai deputado vai querer eleger o herdeiro vereador e a herdeira prefeita de algum lugar perdido na imensidão do sertão.
O pai federal ou senador insiste em manter os herdeiros nas assembleias legislativas ou no alto escalão administrativo do estado. De preferência num lugar para onde o papai possa encaminhar generosas emendas parlamentares, tão em voga nos últimos tempos.
No lugar da educação geradora de conhecimentos, infelizmente, alguns políticos estão preferindo deixar riquezas materiais como herança para os filhos. E o pior, riquezas muitas vezes conseguidas de forma desonesta, à custa da fome de muitos.
Mas, devagar que este santo pode ser de barro.
Não pense você que o político é o único culpado por essas espertezas do mundo.
A culpa também é nossa. E como é.
Ora, se nos é dado o direito de escolha, somos igualmente responsáveis, verdadeiros cúmplices neste crime.
Eleição é escolha.
Se o eleitor insiste em escolher esse tipo de gente para representa-lo, que culpa tem o político?
O politico pode até não ser santo, mas o eleitor que o coloca no mandato também tem lá seus pecados.
Ora, se tem.
Ouvi algumas vezes nos últimos dias várias pessoas lamentando a ausência do Piauí no projeto de transposição das águas do rio São Francisco.
Logo o Piauí, um estado carente de tudo, inclusive de água.
Mas é salutar se questionar os motivos para a ausência do Piauí neste projeto tão importante.
Por que ficamos fora?
A população piauiense sempre procurou por uma resposta, mas ela nunca veio. E dificilmente virá um dia.
Essa falta de resposta nos leva, com justa razão, ao direito de tentar entender o motivo de tudo isso.
Para mim, o Piauí ficou fora do projeto de transposição – e vai continuar fora – por absoluta falta de prestígio de nossos governantes e de nossa bancada federal, bancada esta acostumada a dizer amém por uma nomeação para qualquer último escalão do governo federal.
Além disso, a bancada federal do Piauí e muitos de nossos governantes padecem de uma crônica falta de visão do futuro.
Para nossos políticos, ou pelo menos para a maioria deles, o futuro se resume simplesmente à eleição seguinte, nada mais do que isso. Tudo o que fazem no presente tem um único objetivo: o voto que amanhã vai garantir a sua perpetuação no poder.
Alberto Silva, ainda nos anos 70, foi o primeiro e praticamente o único homem público piauiense a defender a transposição de águas do rio São Francisco para o Piauí. Alberto queria essa água para resolver definitivamente o problema de abastecimento d’água na região de São Raimundo Nonato, uma das mais secas do estado e que ainda hoje sofre com o mesmo problema.
A reação dos demais políticos da época, com algumas poucas exceções, foi chamar o governador de louco, de visionário, de sonhador.
Alberto Silva foi tratado com deboche em sua própria terra.
Como também foi tratado com deboche por conta do metrô, da barca do sal, do Albertão, pelas rodovias e adutoras planejadas e muitas implantadas, enfim, por todos os seus projetos que visavam o futuro.
Alberto teve seus erros, muitos erros, por sinal.
Mas seu saldo é positivo exatamente porque tinha ideias, tinha sonhos.
Bem diferente de hoje onde não temos ideias, não criamos e nem imaginamos. Bem diferente de hoje quando não podemos mais nem sonhar.
Para realizar temos que sonhar.
Sonhar é preciso, sonhar é fundamental.
Como diz o poeta,
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.
Pobre Piauí.
Mesmo que o hoje te dê um não, lembre-se de que há sempre um amanhã melhor.
A certeza de que devemos traçar os nossos caminhos ao lado de quem nos ama é a base para se recomeçar, um recomeço para pensar no que fazer agora, acreditando em si mesmo, na busca do que será prioridade daqui pra frente.
Recomeçar é preciso quando o que temos já não nos satisfaz. E recomeçar é sempre possível quando colocamos de lado as dúvidas e aceitamos que não somos perdedores.
Afinal, como nos ensina a escritora Letícia Thompson, perdedor na vida não é quem tentou e não conseguiu. Perdedor na vida é aquele que abandonou a coragem e perdeu a fé.
O recomeço pode ocorrer a qualquer momento. Qualquer momento pode ser tempo de revisar os conceitos e ações e concluir que tudo aquilo que você viveu marcou. Marcou, mas não foi suficiente para que continuasse.
As lembranças passadas ficam, tudo que vivemos era pra ser vivido, o destino é como um livro do qual nós somos os autores, ele nunca vem pronto.
Com o tempo, através das escolhas vamos escrevendo-o página por página, rabiscadas, rasgadas ou marcadas.
Não sei dizer se a vida nos cansa ou se nós é que nos sentimos fadigados às vezes da existência.
Nos repetimos sempre. Ou quase. E nos lamentamos desse dia-a-dia onde nos levantamos, trabalhamos, regressamos e descansamos para no dia seguinte recomeçarmos.
Mas é essa a vida e muitos não aceitariam mudança nenhuma se a oportunidade lhes fosse ofertada.
Ter que recomeçar alguma coisa abala muita gente, pois mesmo a vida corriqueira e imutável causa segurança. Conhece-se os caminhos, os atalhos, os desvios, as curvas a serem evitadas.
A consciência de ter que recomeçar é que nos faz sofrer, duvidar, temer. Medimos nossa capacidade e com bastante frequência também medimos nossa incapacidade.
Se não medirmos nada, avançaremos como as crianças avançam nos primeiros passos, titubeantes, mas orgulhosos.
A mente humana é um poderoso instrumento. Ela condiciona, impõe, impede, impele, comanda… mas nem sempre no bom sentido.
Ela sente, ressente, guarda as impressões e as marcas que a vida vai fazendo ao longo dos anos. E se pensamos em recomeçar alguma coisa, ela acende a luz vermelha em sinal de atenção.
Assim é que muitos ficam paralisados. Acomodam-se.
Esquecem que a vida nos impõe recomeços a cada instante.
A vida desabrocha por todos os cantos e precisamos vivê-la. Mas bem vivê-la.
Vivemos num mundo que nos exige muita fé.
São tantas as dificuldades, são tantos os obstáculos à nossa frente que precisamos realmente ter muita fé.
Mas o que é fé, o que é ter fé?
Ter fé implica uma atitude contrária à dúvida e está intimamente ligado à confiança.
Em algumas situações, como problemas emocionais ou físicos, ter fé significa ter esperança de que algo vai mudar de forma positiva, vai mudar para melhor.
Ter fé é ter paciência, é esperar com calma, é acreditar sem dúvida.
É ser emocional, sensível, observador. É trabalhar a razão e a emoção.
Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.
Ter fé é ter intuição, é sentir que você está fazendo a coisa certa, que o caminho a seguir é este mesmo, e assim ir trilhando e enfrentando os desafios até chegar ao destino almejado.
É não desistir, é buscar a determinação como foco para atingir seu alvo.
É ter sensatez, é saber dos limites que os desejos sonhados possuem.
Ter fé é acreditar que pode mover montanhas só com o pensamento, que vai ganhar na loteria sem sequer fazer o jogo.
Fé é um conjunto de ações que vão determinar seu verdadeiro efeito, por isso ela é tão singular e abstrata.
É pensar, fazer e acreditar que tudo vai sair como o esperado.
É saber pensar com clareza e, o mais importante, saber o que se quer, determinar aquilo que deseja, visualizar e transpor para a realidade o que está sendo formatado na mente.
Ter fé é criar na mente e já imaginar na vida real.
Quando você começa a desenhar em seus pensamentos, o relacionamento amoroso ideal, a casa que deseja comprar, a viagem que sempre quis fazer, e visualizar com vontade, sabendo o que realmente quer e agindo para facilitar a realização, não tem como, o universo vai conspirar a seu favor.
Então, tenha fé, corra atrás de seus sonhos, analise, pense e te dê oportunidades para que ela te leve ao sucesso, seja ele espiritual, emocional, material.
Não espere pelos outros, vai em frente e aprenda a pensar com sensatez.
A fé é isso, é equilíbrio.
A fé é algo que anima afetivamente as pessoas, um comportamento que faz o indivíduo se sentir motivado a atravessar uma situação de grande dificuldade, por exemplo.
Neste momento de grandes dificuldades em todo o país; neste momento de graves dificuldades, também no Piauí, vamos ter fé.
Muita fé
(Do livro Opinião com Chico Leal)