Motoristas e cobradores, liderados pelo Sintetro, reivindicam pagamento de salários atrasados
Matéria de Wanderson Camêlo e Eric Souza
Motoristas e cobradores de ônibus de Teresina decidiram, nesta quinta-feira (21), paralisar, novamente, os serviços. As categorias insistem na assinatura da convenção coletiva de 2021 para que fique garantido um reajuste salarial e também um aumento no auxílio-alimentação.
O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintetro) convocou uma assembleia para as 17h desta quinta a fim de deliberar sobre a manifestação. Além da convenção coletiva, a entidade quer assegurar, junto aos empresários, o pagamento de salários atrasados.
A paralisação aconteceria na última segunda-feira (18), mas motoristas e cobradores voltaram atrás após diálogo com representantes dos consórcios de ônibus, intermediado pelo procurador-geral do Município, Aurélio Lobão.
O acordo foi selado na sexta-feira (15). A Procuradoria Geral do Município (PGM) deu o prazo de 72 horas para se manifestar sobre a assinatura da convenção coletiva, como reivindica o Sintetro. O sindicato, logo depois da reunião, prometeu colocar em prática a nova manifestação caso não houvesse acordo.
A entidade cobra um salário de R$ 2.039,00 para os motoristas e R$ 1.288,00 para os cobradores. Os funcionários também querem a volta do ticket alimentação, plano de saúde, além da jornada de trabalho de 7h20.
Diante da manifestação dos trabalhadores, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano (Setut) divulgou a seguinte nota:
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que referente às questões trabalhistas com os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina, as empresas já cumpriram o o pagamento da folha da categoria dentro do prazo de 72 horas. A frota da ordem de serviço acordada com o ente municipal tem sido cumprida e foi toda colocada à disposição dos passageiros do transporte coletivo de Teresina.
A entidade reforça que não compactua e nem tem participação na paralisação dos trabalhadores. Para o Setut o Sindicato dos trabalhadores tem utilizado a não assinatura da Convenção Coletiva como pretexto e motivação para a promoção de paralisações. Importante ressaltar que a data base de assinatura de uma eventual convenção coletiva está prevista somente para janeiro de 2022. A questão trabalhista dos anos anteriores foi judicializada e os empresários estão protegidos por decisão do TST.
O Setut tem cumprido o seu papel com a sociedade e reforçado a prestação de serviços com qualidade, eficiência e agilidade no atendimento aos passageiros da cidade.