A Academia Piauiense de Letras promove nesta sexta-feira, 22 de novembro, o lançamento beneficente do livro ‘Ócios do Ofício’, do juiz e escritor Weliton Carvalho. […]
A Academia Piauiense de Letras promove nesta sexta-feira, 22 de novembro, o lançamento beneficente do livro ‘Ócios do Ofício’, do juiz e escritor Weliton Carvalho. A obra traz uma linguagem poética e a reflexão existencialista da vida. Concisão e beleza são os tons da publicação da editora Instituto Memória. O evento será realizado na sede da APL, localizada na avenida Miguel Rosa, a partir das 19h30.
A apresentação do livro é feita pelo engenheiro, escritor e membro da Academia Maranhense de Letras, José Ewerton Neto, que sintetiza o espírito humanitário dos poemas. “Ócios do ofício? A expressão remete a outra bem mais conhecida e que, dentro da ideia que se estabelece, chega a ser pertinente ou semelhante. Poderia ser “ossos do ofício”, insinuando o sacrifício inerente a essa missão: isso de sair à caça de palavras para arquitetar a tessitura da página. Mas o autor sugere (propositadamente) que sejam “ócios do ofício” – e deixará que a leitura dos poemas nos faça entender o porquê”, indica.
José Ewerton Neto aponta a sutileza da obra do poeta Weliton Carvalho. “Ossos do ofício remete a labuta, a dificuldade e a cansaço…, porém, desde cedo, a leitura do texto promove de forma contundente a mais precisa adequação da palavra ócio, porque aqui não nos deparamos apenas com dilaceração e angústia. A suavidade e a sutileza do resultado poético, tangendo o sublime, significam a tensão sobrepujada: primeiro, a busca; depois, o encontro; e, mais tarde, a superação. Os ossos do ofício tornaram-se menos duros, mais tênues e contemplativos, em meio aos devaneios”.
A obra também foi bastante elogiada por José Neres, ´professor de Literatura, membro da AML e da Sobrames. “Como ocorre em outros trabalhos seus, neste livro, a linguagem e o tempo, com suas inexoráveis consequências são dois dos elementos norteadores da poética de Weliton Carvalho. Não a mera, porém essencial passagem de dias, horas, semanas, meses e anos; nem o ato comunicativo em si, como forma de interação social, estrutura ou expressão do pensamento, pois, segundo o Poeta, “o problema reside na linguagem”, “as palavras criam o mundo”, e tudo leva à certeza daquilo que o tempo não nos faz esquecer: “impossível voltar, /a vida apenas desata””, destaca.