O presidente do Sindicato dos Postos Revendedores de Combustíveis do Estado do Piauí, Alexandre Cavalcante, negou a formação de cartel no preço dos combustíveis em […]
O presidente do Sindicato dos Postos Revendedores de Combustíveis do Estado do Piauí, Alexandre Cavalcante, negou a formação de cartel no preço dos combustíveis em Teresina. Ele considera que deveria ter um imposto único para melhorar o preço dos combustíveis para a população. Segundo Alexandre Cavalcante, em entrevista exclusiva para a Teresina FM 91.9, a carga tributária onera o preço dos combustíveis e isso tem reflexo no preço de todas as outras coisas.
Alexandre Cavalcante disse que cada dono de posto é livre para colocar o preço nos combustíveis. “O preço é parecido em todos os postos. É uma tendência dos preços ficarem iguais, até porque o comerciante quer puxar o cliente para o comércio dele e o que atrai é o preço”, justificou.
“Quando um baixa o preço, o vizinho também vai baixar para não perder o cliente. Tem uma competitividade acirrada e um nivelamento de preços. O pessoal confunde o preço parecido com cartel. E temos uma gasolina das mais barata do país em relação as outras capitais”, complementou.
Alexandre Cavalcante destacou que os impostos em cima dos combustíveis são de mais de 60%. “Isso não é justo, ter essa carga tributária parecida com a de cigarro e de bebida alcoolica, que são gêneros supérfluos. O governo deveria se alertar para isso, porque combustível é de primeira necessidade e mexe diretamente com o preço de todos os outros itens. Tudo passa pelo preço do combustível”, argumentou.
Para ele, a carga tributária sobre os combustíveis poderia ser desonerada para melhorar o controle inflacionário. “Estivemos na Secretaria de Fazenda propondo uma isonomia do ICMS dos estados para melhorar essa situação. A alíquota no Maranhão é parecida, mas menor que a do Piauí. Isso faz com que o combustível chegue mais barato para a população. Temos uma guerra fiscal com uma politica tributaria que nos afeta negativamente. Deveríamos ter um imposto único para todos os estados. O Piauí é prejudicado com a segunda maior alíquota do país, perdemos apenas para o Rio de Janeiro. E a população sofre com isso. Somos os mais tributados e isso chega a bomba. O combustível não é barato e não é justo o preço que se cobra para um bem de primeira necessidade”, finalizou o presidente do Sindicato dos Donos de Postos de Combustíveis em entrevista para a Teresina Fm.