O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserm) realizará, nesta terça-feira (30), uma manifestação em frente à sede da Câmara dos Vereadores com o intuito de solicitar o adiamento da votação da proposta da reforma da previdência municipal.

O ato acontece diante da recente decisão do Instituto de Previdência do Município de Teresina (IPMT) em aumentar a alíquota dos servidores de 11% para 14%. De acordo com o presidente Esdras Avelino, a medida é necessária para sanar o elevado déficit previdenciário.

Representante dos servidores quer discutir detalhes da reforma previdenciária (Foto: Teresina FM)

Durante entrevista ao JT1 da Teresina FM concedida nesta segunda-feira (29), o coordenador geral do Sindserm, Sinésio Soares, explicou que há dois projetos de reforma: um já foi apresentado e outro ainda é desconhecido. “A gestão municipal não especificou quem será atingido pelas mudanças. Queremos que ambos os modelos sejam discutidos”, pontuou.

Segundo Sinésio, o primeiro projeto traz alguns problemas, como a adesão automática a um modelo de previdência complementar e, portanto, representa uma tentativa de privatização do sistema previdenciário. Na visão do sindicato, a imposição seria inconstitucional.

“A Constituição Federal determina que uma revisão geral dos salários seja feita a cada 12 meses. No entanto, a Prefeitura não realiza essa análise desde 2017. Nossa intenção é impedir que haja redução salarial dos servidores”, explicou o coordenador.

O representante do Sindserm concluiu ao informar que o reajuste acumulado está em 10,5%, tendo atingido a taxa de 8% na data-base de maio deste ano. Portanto, a associação busca uma possível compensação devido à iminente diminuição de salário, e nesse sentido organiza a manifestação que acontecerá na Câmara Municipal.