Presidente de movimento empresarial critica ainda má gestão dos governos antes e durante a pandemia
Dois anos após o início da pandemia de Covid-19, o setor do comércio tem empregado sucessivas flexibilizações em suas atividades e aos poucos retorna a um cenário similar ao anterior à crise sanitária.
Segundo Arthur Feitosa, presidente do Movimento Empreender Piauí, três dos quatro setores da cadeia de produção do estado (indústria, comércio, serviços e agronegócio) foram severamente restringidos em função dos decretos publicados pelo governo.
“Procuramos cumprir as medidas, mas sempre julgamo-las duras demais, principalmente se levarmos em conta que empresas com décadas de atividade precisaram fechar as portas por não terem acumulado receita suficiente e assim pagar funcionários e reformas”, criticou em entrevista ao JT1 da Teresina FM nesta quarta-feira (23).
Feitosa apontou que, historicamente, há pouca atenção voltada, por parte das gestões, ao desenvolvimento econômico do Piauí. Para ele, a atuação governamental busca, de forma prioritária, a manutenção no poder.
“A economia de um estado depende em grande parte da ação do empresariado, e mesmo assim, quando procurávamos conversar com os gestores, ou não éramos atendidos ou tínhamos nossos pedidos ignorados”, revelou.
Nesse sentido, o empreendedor acredita que, em breve, o setor terá de contar com representação no cenário político, uma vez que a geração de emprego consiste em uma enorme responsabilidade com a população. Citou como exemplo o senador e ex-governador do Ceará Tasso Jereissati (PSDB), que também começou gerindo os negócios da família.
Por fim, observou que tanto o transporte coletivo quanto a segurança pública do Piauí estão em condições precárias, ressaltando o grande prejuízo econômico causado à sociedade. “A gestão pública deve fomentar desenvolvimento, ao contrário do que ocorre aqui. Parece que os governantes estão preocupados tão somente em fazer política (para si mesmos), e não em criar e manter empregos”, concluiu.