Novo nome substitui o general Joaquim Silva e Luna, que cai em meio à escalada sem precedentes nos preços dos combustíveis
O Ministério de Minas e Energia anunciou nesta segunda-feira (28) a indicação de Adriano Pires para a presidência da Petrobras e de Rodolfo Landim para a presidência do Conselho de Administração.
O nome do economista substitui o do general Joaquim Silva e Luna entre os conselheiros da empresa indicados pelo acionista controlador.
A troca passa a valer na assembleia de acionistas, marcada para o dia 13 de abril, e ocorre em meio à pressão política sobre a Petrobras por causa do aumento dos preços dos combustíveis.
A Petrobras divulgou que recebeu ofício do Ministério com a indicação de Pires para o cargo de presidente, o que “deverá ser deliberado posteriormente pelo Conselho de Administração da companhia”.
Pires é formado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com mestrado na mesma instituição na área de Tecnologia em Petróleo e Gás. Fez doutorado em Economia Industrial na Université Paris 13.
O economista já foi superintendente geral e assessor de diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), professor na UFRJ e é fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), em que atua desde 2000 como diretor.
Em entrevistas à CNN Brasil, Pires já se manifestou favorável à política de preços atual da Petrobras, de paridade internacional. Em 11 de março deste ano, um dia depois de a estatal anunciar o maior reajuste nos preços dos combustíveis em mais de um ano, Pires concordou com a decisão.
“A Petrobras não tinha como não aumentar, porque a defasagem de preços estava muito grande entre o mercado interno e o externo. O país importa 30% do que é consumido de derivados de petróleo. Se a defasagem é muito grande, ninguém importa”, diz. “Pior que o preço alto é o desabastecimento”.
Ainda na entrevista, ele afirmou que uma alternativa seria adotar um “plano de emergência”, com pedido de crédito extraordinário, citando como exemplo uma medida do governo do ex-presidente Michel Temer.
“Se o governo não queria que a Petrobras anunciasse um aumento tão elevado, teria que adotar política que chegou a ser discutida, que é um plano de emergência parecido com o que o governo Temer fez na greve dos caminhoneiros de 2018, um pedido de crédito extraordinário por meio de Medida Provisória, com duração de 3 a 6 meses, dependendo do desenrolar da guerra”, diz.
Pires é formado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com mestrado na mesma instituição na área de Tecnologia em Petróleo e Gás. Fez doutorado em Economia Industrial na Université Paris 13.
O economista já foi superintendente geral e assessor de diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), professor na UFRJ e é fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), em que atua desde 2000 como diretor.
Fonte: CNN Brasil