Os professores e servidores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) aderiram à mobilização nacional em defesa da educação pública. Eles paralisaram as atividades por 48h […]
Os professores e servidores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) aderiram à mobilização nacional em defesa da educação pública. Eles paralisaram as atividades por 48h a partir desta quarta-feira (2) em todos os campi da instituição.
Segundo o presidente da Associação de Docentes da Universidade Federal do Piauí (ADUFPI), Jurandir Gonçalves Lima, o movimento é contrário aos cortes orçamentários na educação pública e ao programa Future-se.
“O ataque à educação não é apenas financeiro, ele vem em múltiplas formas, que vai desde o ataque verbal a estudantes e professores, qualificando-os como baderneiros, desocupados e maconheiros. E colocando a universidade como um lugar improdutivo, passando também pela questão financeira”, afirmou Jurandir Lima.
De acordo com ele, a liberação de parte das verbas bloqueadas no primeiro semestre às universidades e institutos federais é apenas retórica. “O desbloqueio ainda não aconteceu e, ainda assim, é insuficiente. Está vindo em doses homeopáticas, são migalhas. Está sendo barganhado por votos no Congresso para a aprovação da Reforma da Previdência”, afirmou.
“Nós estávamos precisando de liberação de limites de empenho para honrar com os compromissos do mês de outubro em diante. Conseguimos fechar setembro sem nenhuma dívida ou obra parada. Mas, a partir deste mês, nós precisávamos desse recurso”, comentou o reitor da UFPI, José de Arimatéia Dantas.
“Aconteceu isso ontem. O ministro da Educação anunciou e foi desbloqueado metade do recurso, dos 30% previstos, que eram R$ 33 milhões. Foi liberada metade, R$ 16,5 milhões. Com isso, vamos poder fechar o mês de outubro, com todos os nossos compromissos”, acrescentou o reitor da UFPI, sobre a liberação dos recursos que estavam contingenciados para a Educação superior.