Servidores federais reivindicam reajuste salarial de 19,99%, aponta Associação dos Docentes da universidade
Os professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) podem deflagrar greve geral, por tempo indeterminado, na próxima quarta-feira (23). A proposta de indicativo de greve deve ser votada em assembleia da Associação dos Docentes (ADUFPI) marcada para a tarde desta sexta-feira (18).
A principal reivindicação da categoria é o reajuste salarial de 19,99%, mas há ainda demandas como a revogação da Emenda Constitucional (EC) nº 95/2016, que estabeleceu o chamado “teto de gastos”, pelo período de 20 anos, nas despesas governamentais; e a recusa à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, que propõe uma reforma administrativa no serviço público federal.
As aulas do semestre 2021.2 iniciaram em 7 de fevereiro, no formato híbrido: a maioria das disciplinas segue acontecendo remotamente, enquanto algumas práticas ocorrem de modo presencial. Segundo a UFPI, a previsão era de que as atividades retornassem à normalidade a partir de maio ou agosto.
Os docentes da rede pública de ensino básico, tanto municipal quanto estadual, estão em greve há mais de um mês. Conduzidos pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserm) e o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte-PI), os profissionais reivindicam o reajuste linear de 33,23% no piso salarial da categoria, determinado pelo Ministério da Educação.
Em Teresina, a Câmara Municipal definiu um aumento de apenas 16%. Os educadores do município se recusam a voltar às salas de aula diante desse percentual, e têm organizado seguidas manifestações. A mais recente ocorreu em frente ao Palácio da Cidade, que registrou momentos de repressão violenta, por parte da Polícia Militar, aos participantes do protesto.
Já em âmbito estadual, a proposta apresentada pelo governo foi de um reajuste de 14,58% para professores inativos e ativos. O Sinte-PI deve realizar assembleia geral a fim de discutir se aceita ou não o repasse do Palácio do Karnak.