Trabalhadores da educação levam cartazes e exigem que governo do Piauí conceda o reajuste do piso salarial da categoria
A última passagem de Rafael Fonteles (PT) e Wellington Dias (PT) por José de Freitas, norte do Piauí, não foi tão tranquila. Durante caravana política no sábado (28), os petistas foram recebidos por protestos de professores da rede estadual em greve.
Com cartazes em mãos e entoando gritos, os docentes criticaram os dois devido ao não reajuste salarial do magistério de acordo com o novo piso, que sofreu um reajuste de 33,24%.
“Time do calote! Paguem os reajustes do piso de 2019 a 2022 aos professores”, dizia alguns dos cartazes, que levavam as fotos da governadora Regina Sousa (do PT, governadora do Estado), Wellington, Fonteles e Themístocles Filho (do MDB, deputado estadual e pré-candidato a vice de Rafael).
A manifestação começou com uma carreata, que circulou pelas principais ruas do município, e teve seu ponto máximo ao lado da Igreja São Francisco em protesto contra o governo Regina Sousa (PT), como destacou em seu site o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte-PI).
Os professores da rede pública estadual, em greve desde 23 de fevereiro deste ano, cobram do executivo piauiense o reajuste de 33,24%, referente ao novo piso do magistério, nos vencimentos, além do rateio do precatório (R$ 1,6 bilhão) do antigo Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef).
Ainda em dezembro do ano passado a Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) aprovou um reajuste de 10%, proposto pelo então governador Wellington Dias (PT), para todos os servidores do Estado, incluindo os docentes.
Diante da resistência dos professores em aceitar a proposta, a gestão tentou uma última cartada: disponibilizar direto no vencimento 4,58% referentes ao auxílio-alimentação. Sob protestos de vários docentes, a matéria passou pelo crivo do parlamento estadual em março.
“Trata-se da nossa valorização profissional, que é baseada em um tripé: salário, condições de trabalho e a formação inicial e continuada dos professores. Não temos reajuste desde 2019; todos os anos, em janeiro, o Ministério da Educação (MEC) determina os percentuais do piso, que não são cumpridos pelo Estado”, afirma Paulina Almeida, presidente do Sinte-PI.