Categoria está há mais de 200 dias em greve cobrando da gestão municipal o reajuste salarial de 33,23%
O juiz João Gabriel Furtado, da 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública do Piauí, determinou a realização de uma audiência pública para que a Prefeitura de Teresina e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserm) se resolvam com relação ao reajuste salarial dos professores efetivos da rede municipal.
A categoria está há mais de 200 dias em greve cobrando do prefeito Doutor Pessoa (Republicanos) um incremento remuneratório baseado no novo piso do magistério.
A audiência vai acontecer na próxima segunda-feira (29), de maneira virtual. O início está marcado para as 9h. “A audiência foi chamada pelo juiz João Gabriel após a ação do MP [Ministério Público] que trata de improbidade administrativa do prefeito devido ao descumprimento da Lei do Piso nos 33,23%”, destacou o Sindserm via assessoria de imprensa.
Em entrevista à Teresina FM nesta quinta-feira (25), o secretário municipal de Educação, Nouga Cardoso, confirmou presença na reunião. “Todos os notificados pela justiça devem comparecer, ouvir e falar o pertinente”, disse.
Os profissionais da educação deflagraram greve em 7 de fevereiro deste ano. A categoria exige a implementação do aumento do piso salarial do magistério, no percentual de 33,23%, conforme prevê a legislação federal sobre o piso do magistério para 2022, bem como o rateio das sobras do Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb) de 2021.
Em 22 de fevereiro, a Câmara Municipal aprovou o projeto de lei que reajusta em 16% o salário dos educadores. Inconformados, os docentes protestaram com gritos e faixas contra o prefeito de Teresina, Doutor Pessoa, e os parlamentares que votaram a favor da proposta.
Em 8 de abril, o Tribunal de Justiça decretou a ilegalidade da greve dos professores da rede municipal e estipulou multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da ordem. Já no dia 6 de maio, a Corte decidiu manter a ilegalidade do movimento paredista.