Viriato Campelo se junta ao reitor Gildásio Guedes ao garantir funcionamento da universidade até fevereiro do ano que vem
Após os recentes cortes feitos pelo governo federal no orçamento da Universidade Federal do Piauí (UFPI), que passam da casa dos R$ 20 milhões, o vice-reitor Viriato Campelo garantiu que a instituição não possui pretensão de interromper as aulas.
Em entrevista ao JT1 da Teresina FM nesta terça-feira (6), Campelo se juntou ao reitor Gildásio Guedes ao afirmar que, embora o contingenciamento comprometa as atividades da UFPI, o calendário acadêmico não será prejudicado.
“A noção de que funcionaríamos até setembro serviu mais para causar impacto à sociedade. O semestre atual (2022.1) se encerra em outubro e o seguinte (2022.2), previsto para iniciar em novembro, se estende até fevereiro do ano que vem”, explicou.
O vice-reitor destacou que o cronograma da universidade está praticamente reajustado depois de quase um ano de paralisação, em 2020, devido à pandemia de Covid-19.
“Voltamos a realizar um período composto por cem dias em detrimento dos corridos de 75 dias que tivemos durante o ensino remoto. Uma maior quantidade de tempo impede que alunos, professores e funcionários se comprometam em caso de doença”, pontuou.
Campelo mencionou ainda o apoio da Prefeitura de Teresina na questão do transporte público e da Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (Eturb) na recuperação de vias no interior do campus Petrônio Portella, na capital do estado.
Questionado novamente sobre o impacto financeiro dos cortes, o vice-reitor apontou uma “movimentação permanente” junto aos órgãos federais e às bancadas parlamentares para discutir o assunto.
“Temos uma associação nacional na qual Gildásio representa os reitores do Nordeste; às vezes, em sua ausência, represento a universidade. Os governantes estão cientes do cenário atual, especialmente o senador Marcelo Castro (MDB), responsável pelo orçamento da União em 2023, que tem tentado reverter a situação”, assegurou.
Em relação às denúncias de interrupção na alimentação do Restaurante Universitário (RU) e à onda de assaltos que atemorizou a comunidade acadêmico no final de junho deste ano, Campelo minimizou as críticas.
“O dinheiro da alimentação é carimbado, tratado como prioridade no orçamento. Licitar os insumos do RU é bastante complicado, uma vez que os fornecedores prometem que vão entregá-los e eventualmente deixam de cumprir. Já os assaltos foram imediatamente contidos pela UFPI em parceria com a Polícia Militar, que instalou pontos de segurança cruciais dentro do campus“, finalizou.