O projeto de lei que prevê o aumento deve ser aprovado nesta terça-feira, 14
A Assembleia Legislativa do Piauí realizou uma audiência visando tratar do reajuste oferecido pelo governador Rafael Fonteles (PT) aos professores da rede estadual. O debate aconteceu na segunda-feira, 13, mas a principal cobrança da categoria não foi atendida.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Piauí (SINTE-PI), o aumento só abarca profissionais com licenciatura ou os com ensino médio. Portanto, a entidade cobra a concessão de 14,9%, de forma linear, e para ativos e inativos.
Para a presidente do SINTE, Paulina Almeida, o projeto de lei enviado pelo executivo estadual “desvaloriza a categoria de trabalhadores”. “Ele [o PL] só traz a complementação para os trabalhadores que não recebem o piso de 4.420 e desvaloriza aqueles outros que estudaram mais”, completou.
Após a audiência, em entrevista à imprensa, o líder do governo na Alepi, Fábio Novo (PL), afirmou que é impossível atender a demanda da categoria devido à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “A gente tem que dar o aumento que é possível dar”, defendeu o petista.
Novo explicou que o Estado iria sofrer um impacto de R$ 249 milhões caso concedesse um reajuste linear e que esse valor furaria o teto estabelecido pela LRF com relação a gastos com servidores.
O PL que prevê o aumento deve ser aprovado na sessão plenária desta terça-feira, 14.
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