O objetivo é a modernização dos 12 campi
Matéria de Caio Rabelo e Jade Luara
A Universidade Estadual do Piauí (Uespi) irá receber melhorias em seus 12 campi. Segundo o Governo do Piauí, são R$ 66 milhões. A instituição ainda tem inaugurado laboratórios de informática na capital e nos demais municípios.
O governador Rafael Fonteles disse, nesta segunda-feira (4), que a Uespi é um patrimônio de todos os piauienses, que financiam, através dos impostos, as atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade. “Estamos concluindo, nas próximas semanas, o concurso público para contratação de 85 novos professores e também vamos contratar os 75 novos servidores aprovados”, frisa o gestor.
Fonteles destacou que estão sendo investidos R$ 66 milhões, o maior valor da história, na reforma, ampliação e modernização dos 12 campi da Uespi. Algumas dessas obras já estão com ordem de serviço emitida, como a do Campus Torquato Neto, com valor superior a R$ 23 milhões. “Além disso, aumentamos em mais de 100% os recursos totais destinados para bolsas de pesquisa, bolsas de monitoria e auxílios para estudantes em situação de vulnerabilidade social”, acrescenta Fonteles.
Ainda segundo o governador, é importante garantir um equilíbrio nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, estabelecendo que cada professor do regime de dedicação exclusiva ou do regime de 40h dedique 16 horas semanais ao ensino e 24 horas semanais para as demais atividades (com flexibilização para professores que atuem em funções administrativas ou atuem na pós-graduação stricto sensu).
Docentes da Uespi não aprovaram a última medida, uma reunião ampliada foi realizada na última terça-feira (28) com a presença de cerca de 220 professores e professoras de diversos campi da universidade. A categoria alega que a defasagem salarial já ultrapassa 68% e que o Governo do Estado busca mascarar a falta de professores efetivos na UESPI, através de um projeto de lei que altera o Plano de Cargos e Carreiras e Remuneração, ampliando a jornada de trabalho do quadro docente.
Os professores afirmam ainda que a medida vai precarizar ainda mais as condições de trabalho, ampliando o cenário de adoecimento dos professores e professoras e neutralizando a identidade da Universidade que, de acordo com a Constituição Federal e Estadual do Piauí, se realiza-se na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Em resposta ao pronunciamento de Rafael Fonteles realizado através da rede social X, alunos da Universidade Estadual do Piauí alegam que medidas propostas pelo governo podem precarizar ainda mais a instituição.
O governador destacou também a necessidade de o Conselho Universitário discutir e deliberar sobre a substituição gradativa dos cursos que tenham menos de 30% das vagas preenchidas, por cursos que tenham maior procura. Isso garantirá maior retorno para o povo em relação aos recursos investidos.