O executivo ofereceu 5%, já o parlamento alterou o projeto e propôs 20,8%
Em estado de greve, professores da rede pública de Teresina foram até a Câmara de Vereadores, para cobrar a aprovação de um novo reajuste salarial que contemple a categoria, e deu certo. Os manifestantes ocuparam o plenário da Casa, acompanharam a sessão desta terça-feira, 20, e saíram comemorando o que foi aprovado, um incremento de 20,8% nos contracheques.
Foi uma emenda, assinada por 15 vereadores, alterando o projeto de lei elaborado pelo Palácio da Cidade. O PL estabelece um aumento de 5% aos profissionais da Educação.
A emenda foi aprovada em duas votações. Os docentes agora terão a missão de convencer o prefeito Doutor Pessoa (Republicanos) a sancionar a matéria, o que não deve acontecer, como adiantou o líder do Governo no legislativo municipal, Antonio José Lira (Republicanos).
“É uma intenção de politizar este momento, em que a campanha [eleitoral] está praticamente iniciada. Acho que quem perdeu foram os professores, porque, se o projeto original tivesse sido aprovado, já iria para o contracheque de março, e não vai, fez foi complicar”, criticou Lira.
Integrante da oposição, o vereador Gustavo de Carvalho (PT) pediu que a Prefeitura atenda o pleito dos docentes: “Reajuste muito esperado, é uma categoria que precisa sempre ser valorizada. Nós esperamos que a Prefeitura atenda esse pedido”.
Segundo integrantes da base consultados pela nossa reportagem, a tendência é a de que o prefeito vete a emenda. A Câmara tem autonomia para derrubar o veto. Caso isso aconteça, a saída para o executivo será judicializar a questão.
Os professores da rede municipal de ensino estão em greve desde o último dia 05.