22/11/2024

Entretenimento

Influenciadoras digitais de Teresina produzem conteúdos voltados para moda e maquiagem

Modelo e estudante universitária acumulam juntas quase 60 mil seguidores no Instagram e no TikTok

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Publicado por: FM No Tempo 04/07/2022, 09:00

Um fenômeno que surgiu e cresce a olhos vistos em tempos de avanço tecnológico diz respeito aos influenciadores digitais. Com certeza você já viu ao menos um perfil do gênero nas redes sociais: em publicações quase diárias, produzem conteúdos diversos que vão desde registros do cotidiano, esquetes de humor e coreografias de dança até dicas de moda, maquiagem e estilo de vida.

De acordo com um levantamento realizado pela multinacional Nielsen em maio deste ano, há cerca de 500 mil influenciadores no Brasil. A título de comparação, é exatamente a mesma quantidade de médicos registrados no Conselho Federal de Medicina (CFM). Mas afinal, o que é preciso para exercer essa função? Qualquer um pode gerar conteúdo nas redes sociais? E, talvez a pergunta mais frequente, como ganhar dinheiro com essa nova profissão?

Rebeca Maria, à esquerda, e Gabe Menezes, à direita: ícones da moda no Piauí (Foto: Reprodução/Instagram)

Rebeca Maria, estudante de jornalismo na Universidade Federal do Piauí (UFPI), acumula 17 mil seguidores no aplicativo TikTok, destinado a vídeos curtos, em sua grande maioria de entretenimento. Ela utiliza a rede social como uma forma de compartilhar seus hobbies favoritos com os usuários.

“Sempre tive muita habilidade com gravação e edição, então foi algo bem natural. Faço dancinhas, [tutoriais de] maquiagem, vlogs e unboxing, dou dicas de moda e styling… Não penso em fixar um nicho e segui-lo, mas talvez isso mude no futuro caso a carreira deslanche”, afirma.

A universitária explica que não possui uma remuneração fixa, mas que já recebeu dinheiro de algumas empresas que a procuraram em busca de firmar parceria para anúncios publicitários nas mídias digitais.

“É bem aleatório, na verdade, porque não costumo ir atrás das marcas, diferentemente de outras influenciadores em início de carreira, que buscam as empresas e oferecem seus serviços. Todas as publicidades que já fiz chegaram a mim por acaso ou graças a indicações de amigos”, destaca.

Estudante dá dicas de moda em vídeos curtos nas redes sociais (Foto: Reprodução/Instagram)

Já a modelo Gabriela Menezes classifica seu trabalho nas redes sociais como um “chamado”. Bacharel em Direito, a influenciadora deixou o ambiente acadêmico para se dedicar ao marketing digital, somando, apenas no Instagram, 36 mil seguidores. Além de dicas de moda, a teresinense mãe de dois filhos também divide com o público suas vivências de maternidade.

“Sempre fui muito expansiva e comunicativa, então toda a transição para o virtual foi gradativa. Fui me identificando com a área, mostrando tudo o que vivo e consumo, e entendendo que dividiria a minha vida com pessoas que não conheço pessoalmente, mas tenho total intuito de ajudar e influenciar de maneira responsável”, conta.

A influenciadora também monetiza seus trabalho nas redes por meio de parcerias com marcas, as quais recebem seu kit de mídia e fecham acordos de publicidade. No entanto, Gabriela faz questão de frisar que não aceita nenhum parceiro sem antes verificar se a negociação renderá bons frutos para ela própria e para o público que a acompanha.

“Costumo fazer um estudo de mercado, verifico os feedbacks que a empresa já recebeu. Se não gosto de um serviço que utilizei, não vou divulgá-lo apenas para me beneficiar financeiramente, até mesmo porque os seguidores podem, caso não aprovarem o produto, fazer cobranças e minha palavra perderá valor”, ressalta.

Modelo divide seu estilo de vida com milhares de seguidores on-line (Foto: Reprodução/Instagram)

Diante da pressão por parte de alguns seguidores por conteúdos frequentes, a modelo reforça que a saúde mental dos criadores deve vir em primeiro lugar a fim de que mantenham um impacto positivo na vida e no cotidiano dos usuários.

“Às vezes me perguntam porque há dias nos quais não apareço. As razões são várias: talvez não esteja me sentindo bem, com a energia para baixo, meio ‘borocoxô’. Não posso alegrar o dia das pessoas, fazer a diferença dessa forma. Prefiro me abster, dar uma pausa, respirar fundo e retornar quando estiver melhor”, conclui.

Essa é a primeira de uma série de reportagens sobre a ascensão dos influenciadores digitais. Na terça-feira (5), você confere as opiniões de especialistas no assunto e o debate a respeito dos impactos de seus conteúdos no público que os acompanha.

Confira a reportagem no Jornal da Teresina 1ª Edição desta segunda-feira (4):

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