Ator e humorista estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde 28 de julho; causa da morte não foi divulgada
O apresentador, ator, escritor, diretor e humorista Jô Soares morreu às 2h30 desta sexta-feira (5), aos 84 anos. Considerado um dos maiores humoristas do Brasil, o apresentador do “Programa do Jô”, exibido na TV Globo de 2000 a 2016, estava internado desde 28 de julho no Hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo, onde deu entrada para tratar de uma pneumonia.
A causa da morte não foi divulgada. O enterro e velório serão reservados à família e amigos, em data e local ainda não informados.
O anúncio da morte foi feito por Flávia Pedra, ex-mulher de Jô, e confirmada em nota pela assessoria de imprensa do Hospital Sírio-Libanês.
Considerado pioneiro do stand-up, Jô também se destacou por ser um dos principais comediantes da história do Brasil, participando de atrações que fizeram história na TV, como “A Família Trapo” (1966), “Planeta dos Homens” (1977) e “Viva o Gordo” (1981). Além disso, escreveu livros e atuou em 22 filmes.
José Eugênio Soares nasceu no Rio de Janeiro em 16 de janeiro de 1938. Era o único filho do empresário Orlando Heitor Soares e da dona de casa Mercedes Leal Soares.
Aos 12 anos de idade, foi estudar na Suíça, onde ficou até os 17. Lá, passou a se interessar por teatro e shows. Como os negócios do pai Orlando fracassaram, a família teve de retornar ao Rio. Nesta época, Jô estava disposto a encarar a vocação recém-descoberta nas artes.
A estreia na TV aconteceu em 1958. Naquele ano, participou do programa “Noite de gala” e passou a escrever para o “TV Mistério”, que tinha no elenco Tônia Carreiro e Paulo Autran. Eles eram exibidos pela TV Rio.
Em 1960, Jô mudou-se para São Paulo para trabalhar na TV Record. A partir daí, atuou e escreveu para diversas atrações, como “La Reuve Chic”, “Jô Show”, “Praça da Alegria”, “Quadra de Azes”, “Show do Dia 7” e “Você é o Detetive”.
Pelos 17 anos seguintes, a partir de 1970, Jô Soares ficou na TV Globo. A estreia foi no programa “Faça Humor, Não Faça a Guerra”, ao lado de Renato Corte Real (ambos eram roteiristas e protagonistas).
Quando seu contrato com a Globo venceu, em 1987, Jô Soares foi para o SBT. Ele atribuiu a mudança à possiblidade de apresentar um programa de entrevistas na nova emissora. Ele retornou à Globo em 2000, quando estreou o “Programa do Jô”.
Fonte: G1