Ídolo faz acordo e encerra terceira passagem no clube em que foi campeão paulista e brasileiro
Hernanes, o Profeta, um dos maiores ídolos da história recente do São Paulo, encerrou neste sábado sua terceira passagem pelo Morumbi. Em uma emocionante carta, o jogador se despediu da torcida.
— Chegou o momento. E esse é um dos momentos mais difíceis da minha carreira: a hora de dizer adeus a vocês.
— Aqui se encerra esse ciclo, pois a vida do jogador é uma sucessiva sucessão de sucessões que se sucedem sucessivamente. É necessário finalizar um ciclo para iniciar outro. Foram muitas profecias, muitos momentos juntos. Acredito no amor e sei que meu amor por vocês é eterno! Porque aqui é São Paulo, p****.
O clube confirmou o que já era esperado: a rescisão do contrato com Hernanes, de 36 anos. As duas partes chegaram a um acordo para encerrar a terceira passagem do atleta pelo clube onde ele foi bicampeão brasileiro (2007 e 2008) e campeão paulista (2021)
O Profeta vinha sendo pouco utilizado desde a temporada passada, ainda sob o comando de Fernando Diniz. Nas últimas semanas, com pouco espaço com Hernán Crespo, procurou a direção para negociar a saída.
Na última terça-feira, após empate em casa com o Racing, pela Libertadores, Crespo escancarou o problema, dizendo que Hernanes ou a diretoria poderiam se manifestar sobre as seguidas ausências do jogador.
Hernanes tinha um alto salário e um contrato em vias de terminar, no fim da temporada. O clube já tinha dado sinais de que o acordo dificilmente seria estendido. Nos últimos dias, o meia vinha treinando em casa, já separado do elenco.
As conversas pela rescisão estavam com alguns entraves devido a detalhes contratuais e de valores a receber. Hernanes, assim como outros jogadores, tem salários atrasados para receber do ano passado, quando a pandemia fez os vencimentos serem reduzidos.
Além disso, patrocinadores também tinham algumas questões a serem resolvidas envolvendo Hernanes. Em alguns contratos, a imagem dele seria explorada pelas empresas que assinaram com o São Paulo. O patrocinador máster era um exemplo.