O esporte sempre foi uma ferramenta de extrema importância para uma vida saudável, longe de enfermidades, e também como meio de inclusão social de pessoas em situações de vulnerabilidade. Diante disso, o educador físico Edson Macário coordena, há oito anos, o chamado Núcleo de Basquete na Fundação Nossa Senhora da Paz, no bairro Três Andares, zona Sul de Teresina.

A escolinha funciona duas vezes por semana, às terças e quintas, a partir das 19h, e as aulas são abertas não somente aos estudantes da Fundação, mas também a todos os moradores dos entornos da unidade educacional, especialmente dos bairros Cidade Nova, Nova Jerusalém, Parque Rodoviário, Cristo Rei e Monte Castelo.

Educador físico dá aulas de basquete na Vila da Paz há quase uma década (Foto: Teresina FM)

Recentemente, o professor viralizou nas redes sociais após uma de suas filhas descobrir que o pai pega tênis que ela, as irmãs e a mãe não utilizam mais e leva para os alunos do Núcleo. “Elas também praticam esporte e compram vários tênis, sobra vários lá em casa. De vez em quando dou sumiço em alguns”, brincou Edson em entrevista ao JT1 da Teresina FM nesta quarta-feira (11).

Nesse sentido, o educador iniciou uma campanha de arrecadação de tênis, conhecidos como “basqueteiras”, cujas pontuações variam entre 41 e 45 e são destinados aos jovens que participam de sua equipe Babaçu, associada à Federação Piauiense de Basquete (FPB), e dos times escolares montados pela Fundação.

“As basqueteiras mais famosas, vendidas nos sites, têm preços absurdos. Não trabalhamos com essa realidade, preferimos opções mais baratas. Quanto às doações, recebemos tênis antigos sem problemas. Contamos com a ajuda de amigos da comunidade para restaurá-los”, explicou.

Edson contou ainda que já existia uma infraestrutura presente no bairro, com quadras equipadas com tabelas e aros. Enquanto a associação de moradores investiam no espaço, ele ficou responsável por trazer os alunos, que dividem o local com os praticantes de vôlei e futsal.

Edson e seus alunos do Núcleo de Basquete na Fundação N. S. da Paz (Foto: Arquivo Pessoal)

Em relação aos requisitos para jogar, o professor frisou que não há um biotipo ideal para a modalidade. “Se a criança ou o adolescente não for alto, deve compensar na agilidade e na habilidade. Costumo dividir os alunos que recebo, entre 9 e 17 anos, em dois grupos: o primeiro, apenas com iniciantes, e o segundo, com jovens mais experientes”, detalhou.

Já tratando do substituto, um ex-aluno formado em educação física que atua como seu auxiliar técnico, Edson celebra a repercussão da campanha de doações. “Confesso que me assustei com toda a proporção que a história tomou. Agora consigo ajudar outras escolinhas além do Núcleo de Basquete”, completou o entrevistado.

Para ajudar o Núcleo de Basquete, entre em contato com a conta do projeto no Instagram ou por meio do telefone (86) 99838-6550.

Confira a entrevista completa no Jornal da Teresina 1ª Edição desta quarta-feira (11):