O Exército abriu processo administrativo e investiga pipeiros suspeitos de adulteração de equipamentos no interior do estado. Eles utilizam motos, bicicletas e veículos de passeio para tentar driblar o percurso de carros-pipa. O Exército abastece mais de 100 mil famílias no semiárido em 29 municípios.

No mês passado, dois equipamentos foram apreendidos em uma moto e o suspeito tentava driblar o sistema de monitoramento via satélite. A fraude deixou centenas de famílias sem abastecimento de água na cidade de Acauã.

Homens do Exército fiscalizam o funcionamento dos caminhões pipas que fazem o abastecimento

O equipamento que monitora o percurso é retirado do caminhão e instalado em uma moto ou veículo particular. Com isso, eles fazem outro percurso e não entregam a água e desviam os recursos do programa.

O capitão do 25º BC  Vicente Veloso, que coordena a operação Carro-pipa no Piauí, confirmou as fraudes e as providências para apurar o esquema de corrupção. O programa está em 56 municípios do Estado e são investidos creca de R$ 4 milhões. Um caminhão custa de R$ 6 mil a R$ 16 mil no Piauí, dependendo do percurso que faz.

O Exército está vigilante quanto ao abastecimento de água potável à comunidade

“Temos intensificado a fiscalização e abrindo procedimento administrativos. Do ano passado pra cá, 20 prestadores de serviço foram investigados”, disse o capitão Vicente Veloso.

O comandante do 25 Batalhão de Caçadores, Márcio Vieira Costa,  falou dos flagrantes de irregularidade. É uma operação que leva água a pessoas necessitadas e as adulterações são geralmente de pessoas da região que sabem a carência da região e que teimam em burlar o sistema”, assinalou.