O professor do Instituto Federal do Piauí (IFPI), engenheiro agrônomo Luís Carlos de Melo Júnior, em entrevista à Teresina FM 91,9, alertou que os brasileiros […]
O professor do Instituto Federal do Piauí (IFPI), engenheiro agrônomo Luís Carlos de Melo Júnior, em entrevista à Teresina FM 91,9, alertou que os brasileiros consomem até sete litros de agrotóxicos por ano nos alimentos que vão a mesa. Ele alertou que no Piauí a fiscalização é precária e ineficiente, feita por amostragem.
Luís Carlos Jr. frisou que o governo liberou mais 51 tipos de agrotóxicos, agora são 290 tipos liberados. Destes pelo menos 30% deles já são proibidos em outros países. Ele citou como exemplo o DDT que foi proibido nos Estados Unidos e no Brasil só 40 anos depois.
“Os efeitos dos agrotóxicos são sentidos em prazos longos de 20 anos quando aparecem as doenças e outros males”, assinalou o professor sobre o uso e consumo de defensivos agrícolas, dizendo que há um uso indiscriminado de agrotóxicos que causam graves impactos ambientes.
Segundo Luís Carlos Jr. existe o uso de defensivos em larga escala e sem controle. A legislação brasileira permite resíduos na água em até cinco vezes maior do que na água europeia. “Nossa fiscalização é muito falha. Aqui, no Piauí faltam pelo menos uns 200 fiscais. O número de fiscais pela área é ineficiente e não tem regularidade”, frisou.
“O que está em jogo é nossa saúde e da próxima geração. Isso impacta em toda a sociedade e por conta das doenças causadas. É um problema para o país e tem que ser debatido. Esses produtos com agrotóxicos é o que vai para a nossa mesa”, finalizou Luís Carlos de Melo Júnior.