Digam o que quiser do governador Wellington Dias, menos que ele não vai atrás do que acha que lhe é devido.
Depois de tentar na Eletrobrás, no Supremo Tribunal Federal e no próprio Palácio do Planalto, agora bateu às portas do BNDES tentando receber cerca de R$ 800 milhões que o Piauí reclama pela venda da Cepisa.
O papo não tem agradado a quem o ouviu até, pelo menos até agora.
Mas ele não desiste.
A irmã da deputada Margarete Coelho nomeada para uma Aspone do governo, durou poucas horas no cargo.
Nailer Gonçalves de Castro, que já é secretaria de Administração na Prefeitura de São Raimundo Nonato, foi demitida na quinta-feira(8).
Seu nome foi colocado entre as primeiras mil nomeações assinadas pelo governador Wellington Dias.
Não deu certo porque alguém identificou Nailer no meio de tanta gente e abroiu a boca.
O presidente Bolsonaro, que garantiu o Coaf a Sérgio Moro, com certeza não gostou do posicionamento do senador piauiense Ciro Nogueira.
Ciro, que já ensaia até indicar ministros para o governo, pode ter jogado foras todo o trabalho de aproximação.
Pelo visto vai ter que começar tudo de novo logo depois da votação da reforma da previdência.
Quem espera sempre alcança, diz a sabedoria popular.
E o deputado Hélio Isaías soube usar isso como nenhum outro deputado estadual.
Agora vai ser presidente da poderosa CCJ, depois de rifado pelos colegas para a presidência da Assembleia Legislativa.
Não é a mesma coisa, claro.
Mas já é alguma coisa.
No meio de tantas nomeações, o governo aproveita para tentar passar seus caga-fogos.
E foi assim que Nailer Gonçalves de Castro virou assessora da Secretaria de Governo.
Nada demais se a distinta não fosse secretária municipal de Administração de São Raimundo Nonato, onde a prefeita é irmã da deputada federal Margarete
Coelho.
Vai que cola.
Dois bicudos não se beijam, diz o ditado popular.
Por isso, Wellington Dias e Jair Bolsonaro vão continuar se bicando.
Na reunião com governadores, o presidente não deu muita bola para os projetos do governador do Piauí.
Entre eles o de passar para o governo federal o abacaxi das previdências estaduais.
Frustrante, desabafou Wellington Dias.
Da série: Perguntar não ofende.
Por que será que os políticos brasileiros não querem de jeito nenhum que o Coaf fique no Ministério da Justiça de Sérgio Moro?
Será que esses dóceis e inocentes bichinhos andam fazendo algumas malinações?
O PT vai pressionar o governador Wellington Dias até dar no osso.
O partido quer porque quer os dois companheiros no Palácio Petrônio Portella e sem muita demora.
É bom o presidente Themístocles Filho ir logo providenciando as cadeiras e os R$ 50 mil para o primeiro salário.
Quando esse povo quer, quer mesmo.