Motoristas pararam o consórcio Teresina, que atende a zona Sudeste, e deixaram a população sem ônibus
Os motoristas e cobradores de ônibus que operam na zona Sudeste de Teresina paralisaram as atividades nesta segunda-feira (1). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Público (Sintetro) a manifestação foi motivada pela demissão de um trabalhador de uma empresa do consórcio.
Nenhum ônibus saiu para as ruas da garagem do Consórcio Theresina. O protesto deve continuar até que a empresa entre num acordo sobre a demissão do trabalhador. A demissão teria acontecido por conta de um áudio gravado pelo trabalhador, reclamando da empresa. “Estão querendo demitir um trabalhador por justa causa. Ele é da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), e tem estabilidade”, disse a direção do Sintetro.
O presidente da Câmara dos Vereadores de Teresina, Jeová Alencar (MDB), defendeu a suspensão da licitação dos ônibus. Ele disse que os empresários são responsáveis pela falência do sistema. Para Jeová falta vergonha aos empresários. O prefeito Dr. Pessoa deu um prazo de 90 dias para que os empresários e a Strans resolvam o impasse no sistema Inthegra.
“O que falta é vergonha na cara desses empresários. Eles dominam o transporte há 40 anos. A questão é administrativa. O ônibus não vende fiado. Não passa cheque. Recebe à vista. Não souberam administrar e passam por problemas. Não pode a Prefeitura fazer vista grossa e custear o que eles não fizeram em 40 anos”, comentou o presidente da Câmara.
“Pedir audiência pública. Requisitar edital na Strans para pedir o cancelamento da licitação”, afirmou Jeová Alencar, que disse que o usuário de Teresina tem o pior transporte dentre as capitais.
“Vemos as pessoas falando muito de mobilidade urbana, preço de passagem, sobre o pagamento dos motoristas e cobradores e não falam do usuário. O usuário paga uma das passagens mais caras do Brasil. E tem o pior sistema de transporte. É uma aberração. As pessoas aglomeradas”, finalizou.