O protesto aconteceu na Assembleia e no Karnak
Empresários, músicos e representantes da classe artística realizaram um protesto em frente à Assembleia Legislativa do Estado cobrando flexibilização do decreto que limita o funcionamento dos setores do turismo, entretenimento e lazer. O ato aconteceu nesta quarta-feira (03).
Usando um sistema de som, os manifestantes tentaram provocar os deputados, no sentido de conseguirem intermediar uma conversa com o governador Wellington Dias (PT). Como a tática não deu certo, foi realizada uma carreata, com buzinaço, até o Palácio de Karnak.
Eduardo Rufino, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), acredita que o lockdown pode ser evitado se o governo melhorar a estrutura da rede de saúde, como mais leitos de UTI e a contratação de mais profissionais de saúde, por exemplo. “Precisamos que eles não nos aterrorizem com esse fechamento”, declara Rufino.
No decreto publicado semana passada pelo governo do Estado, seguido pela prefeitura de Teresina, bares, restaurantes e casas de show, por exemplo, só podem funcionar até às 11h. Depois disso foi estipulado um toque de recolher. Os templos religiosos foram autorizados a funcionar, mas com 30% da capacidade.
O presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia do Piauí (SINTSHOGASTRO/PI), Franklin Batista, argumenta que os estabelecimentos estão seguindo todos os protocolos que o Comitê de Operações Emergenciais (COE) determina: “Não é justo fechar os restaurantes e perdemos nossos empregos novamente. Estamos tratando do desemprego de mais de 2 mil pessoas, automaticamente, em um lockdown”.
Franklin também reclama da falta de reuniões com os órgão responsáveis para tratar do assunto:“ Nós temos tentado conversar com o governo do estado desde o início da pandemia”. O presidente pede que algum deputado possa intermediar uma conversa com o governador do estado.
O governador Wellington Dias (PT), anunciou, no dia 23 de fevereiro, toque de recolher em todo estado das 23h às 05h. A medida começou a valer a partir do dia 24 do mesmo mês. A decisão foi tomada para evitar a disseminação do coronavírus e um colapso na rede de saúde.
Por Wanderson Camêlo e Lilian Oliveira