Déby tinha 68 anos. Ele tomou o poder do Chade em uma rebelião, em 1990, e era um dos líderes mais longevos da África
O presidente do Chade, Idriss Déby Itno, morreu nesta terça-feira aos 68 anos (20) “defendendo a integridade territorial em campo de batalha”, informou em uma transmissão na TV o porta-voz do governo do país africano, o general Azem Bermandoa Agouna. As circunstâncias da morte e o que Déby fazia em campo de batalha não foram esclarecidos.
Idriss Déby Itno estava no poder havia 30 anos e ia para seu sexto mandato. Após eleições no último dia 11, marcadas pelo boicote da oposição e quando Déby foi novamente declarado vencedor, rebeldes saíram da Líbia, atacaram um posto na fronteira e avançaram por centenas de quilômetros no deserto do Chade em direção à capital, Ndjamena.
Os organizadores da campanha eleitoral do presidente morto haviam informado, nesta segunda-feira (19), que ele estava se juntando às tropas que enfrentavam os rebeldes na fronteira. Não foram dados, no entanto, detalhes sobre a operação militar.
O presidente era, além de chefe de Estado, chefe das Forças Armadas. O filho de Déby, Mahamat Kaka, foi nomeado presidente interino por um conselho de dirigentes militares.
Os países do Ocidente viam Déby como um aliado na luta contra extremistas islâmicos, como o Boko Haram, grupos ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico.
Déby estava lidando com um descontentamento da população pela forma como ele gerenciava as reservas de óleo do país e com a oposição