Cento e dois óbitos estão sendo investigados no Piauí por suspeita de infecção pelo novo coronavírus. A informação é do secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, que preside o Centro de Operações de Emergência (COE). Segundo ele, mortes ocorridas em diversas datas, antes do fechamento do diagnóstico clínico, passam por investigação epidemiológica aprofundada a fim de evitar distorções ou equívocos sobre qual patologia provocou o óbito do paciente.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) divulga no boletim diário os óbitos das últimas 24 horas e também os óbitos retroativos que estavam em investigação, foram confirmados e automaticamente computados no sistema. Apesar de terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro das mortes entram no sistema apenas no dia que é fechado o diagnóstico. No Piauí, todos os óbitos investigados são referentes ao ano de 2021.
Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Piauí possui 232.049 casos e 4.858 mortes pelo novo coronavírus. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se ao elevado número de óbitos que ocorreram em detrimento da segunda onda ocasionando sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19.
De acordo com Herlon Guimarães, superintendente de Atenção à Saúde da Sesapi, outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um câncer em estágio terminal, AVC ou traumatismo, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
“É importante que a população tenha ciência que no boletim que divulgamos diariamente constam óbitos do dia e óbitos acumulados que entram no sistema e contribuem para elevar as estatísticas”, afirma o Superintendente.