A febre Oropouche já causou surtos e epidemias em vários estados brasileiros
A Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS) recebeu exames indicativos de infecção pelo vírus Oropouche em um paciente internado no Hospital de Urgências de Teresina, em janeiro/2021. Os exames “teste de inibição da hemaglutinação”, ELISA-IgM e RT-PCR realizados no Instituto Evandro Chagas (laboratório de referência do Ministério da Saúde) confirmaram a doença. A investigação epidemiológica procedida pela FMS indicou que o paciente foi infectado em Teresina.
A febre Oropouche é uma arbovirose, ou seja, virose transmitida por mosquitos, que apresenta sintomas semelhantes aos da dengue – embora com risco bem menor de complicações hemorrágicas e de morte. Raramente, os casos podem ser complicados por meningite de padrão viral (benigna). O principal mosquito transmissor da doença entre os seres humanos é o Culicoides paraensis, mais conhecido como “maruim”.
A febre Oropouche já causou surtos e epidemias em vários estados brasileiros, especialmente da região amazônica. A doença pode ocorrer de forma esporádica (casos isolados) ou na forma de surtos ou epidemias. As medidas de prevenção consistem em se evitar a proliferação e o contato com mosquitos – à semelhança dos cuidados contra a dengue.
A rede de vigilância epidemiológica local está atenta e sensibilizada para a ocorrência de surtos com sintomas semelhante à dengue, mas com exames negativos para a doença. A Gerência de Zoonoses (GEZOON) da FMS já realizou as ações de vigilância entomológica, por meio da captura vetorial (mosquitos) no entorno da residência do paciente, para classificação, identificação e detecção viral nos mesmos.