Atração custou US$ 2,8 milhões e levou dois anos para ser erguida
O português Hugo Xavier se tornou uma das primeiras pessoas a cruzar a ponte suspensa de pedestres mais longa do mundo, inaugurada na quinta-feira (29) perto de sua pequena cidade natal de Arouca, no norte do país.
“Ai… lá vamos nós!”, disse Xavier, de 42 anos, com nervosismo, ao criar coragem para caminhar pela passarela de grade de metal transparente, de 516 metros de comprimento, ao lado de sua companheira igualmente tensa e um guia turístico.
Escondida entre montanhas repletas de rochas e cobertas de folhagem verdejante e flores amarelas dentro do Arouca Geopark, a ponte está 175 metros acima do Rio Paiva.
A paisagem é calma, mas a travessia não é para pessoas de nervos fracos. Segura por cabos de aço e duas torres maciças de cada lado, ela balança um pouco a cada passo.
“Estava com um pouco de medo, mas valeu muito a pena”, disse Xavier, aliviado, já na outra extremidade. “Foi extraordinário, uma experiência única, uma descarga de adrenalina”.
A ponte só abriu para moradores locais nessa quinta-feira, mas a partir de segunda-feira (3) qualquer pessoa pode agendar uma visita.
Os moradores esperam que a atração, que custou cerca de US$ 2,8 milhões e levou dois anos para ser erguida, ajude a ressuscitar a região, especialmente após a pandemia de covid-19.
“É um sopro de ar fresco para nossa terra, porque atrairá mais investimento, mais gente”, disse o guia Emanuel, acrescentando que a região está envelhecendo rapidamente à medida que muitos jovens se mudam para cidades grandes. “Ela trará uma dinâmica nova a Arouca”.