18/11/2024

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Cúpula entre Biden e Putin será em 16 de junho em Genebra

Reunião na Suíça será a primeira viagem internacional de Biden como presidente. Encontro acontece em momento no qual os dois países vivem maior tensão em anos, após acusações de interferência russa em eleições americanas e críticas por tratamento ao opositor Alexei Navalny.

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Publicado por: Lilian Oliveira 25/05/2021, 17:47

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, terão sua primeira cúpula no próximo mês em Genebra – anunciaram ambas as partes nesta terça-feira (25), preparando a cena para um novo capítulo na tensa relação entre os dois países.

A reunião na cidade suíça será em 16 de junho, informou a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.

“Os líderes discutirão toda a gama de assuntos urgentes, enquanto buscamos restaurar a previsibilidade e a estabilidade da relação entre Estados Unidos e Rússia”, completou.

Joe Biden e Vladimir Putin, na época vice-presidente dos EUA e primeiro-ministro da Rússia, em foto de 10 de março de 2011, em Moscou (Foto: RIA Novosti, Alexei Druzhinin/Pool via AP, file)

 

O Kremlin confirmou o encontro e disse, em um comunicado, que Putin e Biden discutirão “questões de estabilidade estratégica”, assim como “a resolução de conflitos regionais” e a pandemia de Covid-19.

Biden, que fará sua primeira viagem internacional como presidente, irá a Genebra imediatamente após as cúpulas com seus aliados ocidentais-chave do G7, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Europeia.

A reunião com o líder do Kremlin ocorre em meio a níveis de tensão que não eram vistos há anos, e quando Washington reduziu suas ambições a apenas uma relação em que ambas as partes se entendam e possam trabalhar juntas em áreas específicas.

Desde que assumiu o cargo em janeiro, Biden impôs novas sanções contra Moscou em resposta ao que as autoridades americanas consideram que foi o papel da Rússia no ciberataque maciço da SolarWinds e a repetida ingerência nas eleições presidenciais de 2020.

Washington também criticou Moscou duramente pelo envenenamento e a posterior prisão de um dos últimos opositores abertos a Putin, Alexei Navalny.

O anúncio da cúpula ocorre no mesmo dia em que Navalny afirmou que é alvo de três novos processos penais, no momento em que cresce a pressão contra seu movimento e seus seguidores.

Além disso, depois que Biden disse a um entrevistador que estava de acordo com descrever Putin como um “assassino”, o governo russo declarou formalmente os Estados Unidos como um país “hostil”.

Acalmar as águas
As recriminações abertas estão muito longe da relação frequentemente intrigante entre o antecessor de Biden, Donald Trump, e Putin.

A cúpula de Genebra acontecerá quase três anos depois que Trump apoiou o líder do Kremlin, e não a avaliação das agências de Inteligência americanas, sobre se Moscou interferiu nas eleições presidenciais americanas de 2016.

Os dois lados estão trabalhando, no entanto, para acalmar as águas antes da cúpula de Genebra. Nesse sentido, a Casa Branca enfatiza as esperanças de trabalhar junto com a Rússia em questões estratégicas bem definidas, como o controle de armas nucleares e as negociações nucleares do Irã.

Para preparar o terreno, o secretário de Estado dos americano, Antony Blinken, e o veterano ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, tiveram uma reunião na semana passada, na capital da Islândia, Reykjavik.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse após a reunião Blinken-Lavrov que retomar os laços “não será fácil”, mas viu “um sinal positivo”.

Moscou recebeu com satisfação a decisão dos Estados Unidos de renunciarem às sanções que atrasaram a finalização do gasoduto de gás natural Nord Stream 2, uma importante rota de fornecimento de energia da Rússia à Europa. Washington teme que a UE se torne muito dependente dos russos.

 

Fonte: G1

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