O Ministério Público do Piauí promoveu uma audiência com a Fundação Municipal de Saúde (FMS) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para discutir sobre a vacinação dos cuidadores domiciliares de pessoas com deficiência e de idosos contra a COVID-19.

A promotora de Justiça Janaína Rose, responsável pela 33ª Promotoria de Justiça, afirmou que mais de 80% dos cuidadores domiciliares de pessoas com deficiência e de idosos são pessoas da família.

Foto: Divulgação/ MPPI

“Em relação às pessoas com deficiência, são cuidadas, notadamente, pelas mães, que também são responsáveis pelo sustento familiar. Geralmente, os cuidadores das pessoas com deficiência são o seu único suporte, então sua falta é significativa, além do próprio risco a que estão expostos, apesar do assistido já estar vacinado”, diz a promotora.

Há uma dificuldade para quantificar o número de doses necessárias para atender essa categoria. Para tentar resolver essa situação, o MPPI já havia solicitado Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), os órgãos públicos de educação e os Centros que atendem às pessoas com deficiência enviassem os dados das pessoas com deficiências atendidas, inclusive se dependem da assistência de cuidador, para identificação do público-alvo.

Outro assunto debatido foi sobre a destinação das vacinas para essa categoria.Sobre esse tema, a Coordenadora de Atenção Básica em Saúde da FMS, Laurimary Caminha, irá se reunir com o presidente da Fundação para discutir sobre a pauta da disponibilização de doses.