A Luta resultou na morte de Jonas de Andrade Carvalho Filho
O Ministério Público do Piauí expediu na sexta-feira (11) parecer favorável ao pedido de interdição da academia “Fundo de Quintal”, local onde aconteceu a luta clandestina que resultou na morte de Jonas de Andrade Carvalho Filho, em abril deste ano.
A ação aconteceu por meio da 54ª Promotoria de Justiça de Teresina. O pedido foi feito pela Polícia Civil e a decisão foi elaborada e assinada pela promotora de Justiça Gianny Vieira de Carvalho.
A representante do MP-PI explicou que no inquérito policial ficou constatado que o evento não tinha autorização para ser realizado. De acordo com informações prestadas à Polícia Civil, os organizadores ainda tentaram obter apoio da Federação Piauiense de Boxe Amador e Profissional ( Fepibap).
No entanto, a instituição disse que não poderia apoiar a iniciativa em razão da pandemia da Covid-19 e dos decretos estaduais, que restringiam a realização de eventos com aglomeração de pessoas em todo o Piauí. Porém, mesmo com a resposta negativa da Fepibap, e das medidas sanitárias vigentes no estado, os organizadores promoveram a luta.
O segurança Jonas de Andrade Carvalho Filho, conhecido no ringue como “guerreiro da Luz”, morreu após uma luta de boxe na noite de 24 de abril em Teresina.
A vítima, de 34 anos, sofreu uma lesão no crânio, foi levada para o Hospital do bairro Buenos Aires, acabou não resistindo aos ferimentos e faleceu na madrugada do dia 25. Jonas era casado e possuía uma academia em Timon. O evento foi na Academia Fundo de Quintal, no bairro Itaperu, zona Norte de Teresina.
Em cartaz divulgado nas redes sociais, o evento foi apresentado como “Combate ao Retorno”. Vídeos divulgados do momento em que Jonas é socorrido, mostram muitas pessoas no local apesar da pandemia.
A Federação Piauiense de boxe amador e profissional emitiu nota repudiando a luta de boxe clandestina que causou a fatalidade: