A categoria cobra o pagamento de salários e a assinatura do dissídio coletivo
Motoristas e cobradores do transporte público de Teresina aprovaram nova paralisação das atividades. A decisão tomada nesta quinta-feira (14), durante assembleia geral da categoria, foi motivada pela não assinatura do acordo de convenção coletiva por parte das empresas responsáveis pelo transporte.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), Ajuri Dias, confirmou a informação à reportagem da Teresina FM.
De acordo com o secretário de Assistência Social do Sintetro, Francisco Sousa, os trabalhadores realizarão uma nova reunião, na tarde de hoje, para definir a data da nova paralisação. A categoria cobra o pagamento de salários (motorista R$ 2.029 e cobrador R$ 1.248) e a assinatura do dissídio coletivo.
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) informou que, agora, não tem equilíbrio econômico e financeiro para as negociações. Segundo o diretor técnico do Setut, Vinícius Rufino, não há faturamento na catraca para financiar os custos do sistema. E os principais custos são folha de pagamento do funcionalismo e os insumos dos ônibus, como óleo diesel e pneus.
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que se reuniu na última terça-feira (12) com o Sindicato dos Trabalhadores (Sintetro), buscando esclarecer sobre as negociações firmadas com o Município de Teresina.
Tratadas as dificuldades da categoria dos motoristas e cobradores de ônibus, esclareceu-se que: tão logo seja realizado o pagamento pelo Ente Municipal dos meses de outubro, novembro e dezembro, há o compromisso de atualização das folhas que atrasadas referentes à 2021;
Além disso, será realizado o pagamento da última parcela do Acordo 2020 feito entre Sintetro e Prefeitura, no valor aproximado de R$ 720 mil, como também, será preservado o pagamento do piso salarial da categoria mantido ao longo da pandemia.
A entidade reitera que, infelizmente no momento, não há condições financeiras de se discutir quaisquer pontos econômicos e financeiros no sistema, tendo em vista que a demanda de passageiros transportados ainda se encontra num patamar inferior aos 25% do que era, antes da pandemia.
Ou seja, o sistema ainda se encontra muito distante do que seja necessário para a sua manutenção.
Os empresários estão à disposição e abertos para o diálogo com os trabalhadores, afim de solucionar as dificuldades do setor. Destacando que o objetivo principal de ambos os lados, deve ser o atendimento das demandas dos passageiros, sempre com segurança, eficiência e agilidade.