Investigações podem apontar ainda se houve estupro de vulnerável, caso tenha havido ingestão de álcool ou entorpecentes.
A delegada Nathalia Figueiredo, que integra o Núcleo de Feminicídio da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), foi entrevistada na manhã desta terça-feira (7) no programa JT1. A delegada está à frente do caso de Janaína Bezerra, aluna do curso de jornalismo da Universidade Federal do Piauí (UFPI) assassinada e estuprada no dia 27 de janeiro. O inquérito do caso foi concluído e o laudo foi divulgado nesta segunda-feira (6). Sobre a investigação do crime, a delegada fala:
“Muito embora o acusado já tivesse sido preso, tínhamos que buscar provas materiais para que realizássemos um indiciamento. Foi um trabalho da polícia civil como um todo. O que foi mais marcante nesse caso e o que mais nos comoveu foi a brutalidade [do crime]; foi feito de uma forma muito violenta, muito brutal”, afirma.
Ainda acerca da investigação, Nathalia foi perguntada se houve ingestão de bebida alcoólica ou consumo de algum tipo de entorpecente ilícito por parte da vítima.
“As amostras retiradas do corpo da vítima foram encaminhadas a Campinas-SP e estão sendo analisadas. Nos próximos dias a expectativa é de que tenhamos retorno em relação a esse laudo e, se for constatado que a vítima possuía substância entorpecente em seu corpo, pode se configurar situação de estupro de vulnerável. Precisamos então dessa prova material para constatar se houve ingestão de entorpecente, seja de forma intencional ou por parte do autor, que colocasse ela ainda mais em condição de vulnerabilidade”, explica a delegada.
Confira a entrevista a seguir: