Conheça mais sobre a enfermidade e a sua relação com o diabetes e a insuficiência cardíaca; doenças são interconectadas.
O Dia Mundial do Rim é celebrado anualmente na segunda quinta-feira de março. A data chama a atenção para a doença renal crônica (DRC), uma condição que afeta cerca de 800 milhões de pessoas em todo o mundo e que muitas vezes passa despercebida até que os danos aos órgãos sejam irreversíveis. Este ano, a data será comemorada no dia 9 de março, e tem como tema “Saúde dos rins (e exame de creatinina) para todos”.
A DRC é uma condição em que os rins perdem gradualmente a capacidade de filtrar os resíduos e o excesso de líquidos do corpo, resultando em um acúmulo de toxinas no organismo. A doença pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em indivíduos com mais de 60 anos e em pessoas com diabetes, hipertensão arterial ou histórico familiar de doença renal. Além disso, se não tratada corretamente, pode favorecer o desenvolvimento de outras doenças como a insuficiência cardíaca.
A doença tem uma forte associação com outras condições crônicas, como o diabetes e a insuficiência cardíaca. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 70% dos pacientes em tratamento de hemodiálise no Brasil têm diabetes como causa da DRC.
Além disso, a insuficiência cardíaca (IC) também é uma das principais causas de mortalidade entre pessoas com doença renal crônica. De acordo com um estudo publicado na revista Heart Failure Reviews em 2020, a insuficiência cardíaca e a DRC são duas condições que frequentemente coexistem e que têm efeitos negativos mútuos, levando a um aumento da morbidade em pacientes com ambas as doenças.
Sintomas, prevenção e tratamento
Entre os principais sintomas da DRC estão a fadiga, inchaço nas pernas e tornozelos, alterações na cor e quantidade da urina, dificuldade para dormir, perda de apetite e dores nas costas.
A prevenção é fundamental para evitar a progressão da DRC. Alguns hábitos que podem ajudar a manter a saúde renal incluem: manter uma dieta equilibrada e com baixo teor de sal, beber bastante água, evitar o consumo excessivo de álcool e cigarros, controlar a pressão arterial e o açúcar no sangue, e realizar exames regulares para verificar a saúde renal.
Caso sejam identificados sintomas da doença, é importante procurar um médico nefrologista, especialista em doenças dos rins.