O governador participou de uma reunião para debater o cenário climático do Piauí e estabelecer metas e ações para combater incêndios e a falta de abastecimento de água. Na ocasião, determinou a abertura de inquéritos para apurar a causa de todos os incêndios considerados criminosos, especialmente no cerrado piauiense.

A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) já informou aos governadores que haverá uma frustração de receita em torno de 8,5% na expectativa do repasse do Fundo de Participação do Estado (FPE). Segundo dados do Estado esse percentual representa em torno de R$ 65 milhões por mês a menos nos cofres do governo do Piauí. Se observar o semestre, os seis primeiros meses, há uma redução nos repasses federais em torno de R$ 360 milhões, o que se traduz num grande volume de perdas. O governo adotou medidas para que esse impacto não fosse sentido pela população, mas tem pressionado as medidas dos gestores para manter as ações e serviços públicos. Os reflexos serão maiores no planejamento que tinha sido feito até o ano que vem.

O governo do Estado instituiu a Comissão de Finanças e Resultados e listou um rol de medidas para redução de despesas de custeio na administração pública. Por enquanto os cortes devem afetar os terceirizados, viagens, diárias, ajuste de rubricas orçamentárias, e a manutenção dos investimentos será feita com as operações de crédito que já tinham sido realizadas. A determinação. E a determinação é aproveitar melhor os recursos federais para organizar investimentos no Estado, sobretudo no interior.

O governador Rafael Fonteles assumiu 176 compromissos que foram registrados ainda durante a campanha para os quatro anos. Agora, foi desenvolvido um aplicativo para gerenciamento e o desenvolvimento das ações de governo durante a gestão. A administração tem 1.360 obras em andamentos que serão monitoradas sabendo dos valores, a proporção em cada território, o nível de investimentos por região e pela população e como estão os andamentos dessas obras. Ainda estão sendo observados os indicadores em segurança, em educação e em saúde

O Piauí já teve transplantes para coração e fígado. Não tem mais. Hoje tem apenas para rim e córnea. Segundo a Associação dos Pacientes Renais e Transplantados falta mesmo vontade política, porque precisaria e um hospital dia num custo aproximado de R$ 250 mil para manter as equipes, os equipamentos e as condições para o transplante de outros órgãos. Os pacientes que precisam de um novo fígado ou outros órgãos têm que ir para o Ceará. Para isso, mesmo com o programa do Tratamento Fora do Domicílio (TFD) ainda precisam de recursos para se manterem. O programa cobre transporte, hospedagem e concede uma diária de R$ 24,50 por paciente. Não existe a possibilidade de furar a fila do SUS para transplante de órgãos, segundo Luís Filho, da direção da Associação dos Pacientes Renais, tem vários critérios a serem seguidos como a compatibilidade, a proximidade, a situação de gravidade do paciente que vai receber o órgão, a distância que ele está do doador, dentre outras. Luís Filho ainda informou que por aqui tem uma fila de 3 mil pacientes fazendo hemodiálise e que o único centro de hemodiálise totalmente público é do Hospital Getúlio Vargas (HGV) e que, mesmo assim, os equipamentos e as cadeiras para fazer a filtragem do sangue são de uma empresa terceirizada. E dos centros, esse é o menor no atendimento em nefrologia.

O presidente da Executiva Estadual do PT, João de Deus Sousa, informou que o partido deve se reunir para resolver questões sobre as eleições municipais e também sobre a vinda do presidente Lula ao Piauí. Num primeiro momento terá reunião com os empresários no Centro de Convenções, quando será anunciado o novo PAC. À tarde, Lula fará evento com a população no Teresina Hall.

Segundo o jornal O Globo, o senador Marcelo Castro liberou R$ 12 milhões em emendas para a Construtora Jurema, do seu irmão João Costa e Castro, para a construção do trecho piauiense da BR-235, que ligará o Pará a Sergipe, e que custará ao todo R$ 804 milhões. O total do trecho no Piauí deve custar R$ 62 milhões. Os outros R$ 50 milhões devem ser da emenda parlamentar do deputado federal Marcos Aurélio Sampaio.

O governador Rafael Fonteles informou que se for concretizada essa redução, a perda da representatividade, o Estado deve perder recursos das emendas parlamentares para investimentos em obras de infraestrutura no interior. Ele considera que o assunto está afeito ao Congresso e ainda pode ser judicializado. Se acontecer, quatorze estados perdem deputados.