Na véspera, presidente da Argentina esteve em uma convenção ultraconservadora na região de Washington, e pediu em discurso que seus ouvintes não deixassem o ‘socialismo avançar’ e chamou a justiça social de ‘aberração’
O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou que o presidente Javier Milei proteja os setores sociais mais pobres da Argentina, enquanto avança com suas reformas econômicas ultraliberais e busca reduzir o déficit fiscal a zero.
“As medidas concretas adotadas para cumprir com a âncora fiscal devem ser calibradas para garantir que a assistência social continue sendo prestada e que o peso não recaia totalmente sobre os grupos mais pobres”, declarou a subdiretora do FMI, Gita Gopinath, em uma entrevista ao jornal La Nación publicada neste domingo (25).
A Argentina mantém com o FMI um programa de crédito de 44 bilhões de dólares (219 bilhões de reais) e a funcionária visitou o país na quinta e sexta-feira para avaliar pessoalmente seu progresso e se reunir com Milei e membros de seu governo, mas também com economistas, sindicalistas e representantes de organizações sociais que demandam mais ajuda estatal.
O governo enfrentou nos dois meses e meio de gestão uma desvalorização de 50% da moeda, a completa liberalização de preços, desregulamentações e cortes drásticos para alcançar o déficit fiscal zero ainda este ano, como principal remédio para conter uma inflação de 254,2% e reverter uma pobreza de mais de 50%.
Fonte: G1