16/11/2024

Geral

Cresce a concentração de renda no Piauí nos últimos anos

São informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.

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Publicado por: Lilian Oliveira 20/04/2024, 16:29

Apesar do crescimento do rendimento médio mensal real da população piauiense registrado nos últimos anos, segue crescendo também a concentração do rendimento médio mensal real domiciliar percapita no estado, medida pelo índice de Gini. 

Esse indicador aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, esse indicador varia de zero a um, onde o valor “zero” representa uma situação de igualdade, ou seja, todos teriam a mesma renda, e o valor “um” no extremo oposto, é aquele onde teoricamente uma única pessoa deteria toda a riqueza.

Centro de Teresina (Foto: Reprodução / ALEPI)

Na série histórica de 2012 a 2023, percebemos que nos últimos quatro anos o índice de concentração do rendimento médio mensal real domiciliar percapita no Piauí vem crescendo, tendo passado de um índice de Gini de 0,474 em 2020, que foi inclusive o menor da série histórica, para um índice de 0,552 em 2023, o maior da série histórica, e o segundo maior do país, ficando atrás apenas da Paraíba, com um indicador de 0,559.

São informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.

O índice de concentração do rendimento médio mensal real domiciliar percapita da região

Nordeste tem caído nos últimos três anos, tendo passado de 0,556 em 2021, para 0,509 em 2023, índice inferior ao observado para o Piauí, que foi de 0,552. 

Ressalte-se que a região Nordeste possui uma das maiores proporções de domicílios beneficiados pelo Programa Bolsa Família e essa melhora na distribuição de renda pode ter sido favorecida pelo aumento do valor do benefício médio e pela ampliação da população abrangida pelo programa.

No tocante ao Brasil, nos últimos seis anos o índice tem apresentado tendência de queda, tendo passado de 0,545 em 2018, para 0,518 em 2023. Dentre as unidades da federação, os menores indicadores estão com Santa Catarina (0,418), Mato Grosso (0,452), Rondônia (0,455).

Em 2023, dentre as grandes regiões do país, a região Sul foi a que apresentou o menor indicador de concentração do rendimento médio mensal real domiciliar percapita, com 0,454. 

Na sequência vem a região Centro-Oeste (0,498), região Norte (0,500), região Sudeste (0,508) e a região Nordeste (0,509).

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