Manifestação está marcada para a próxima terça-feira (30), na Alepi
Matéria de Lays Viana
Em protesto contra o reajuste de 5,35% no piso salarial dos servidores estaduais, sancionado em março pelo governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), sindicatos de diversas categorias preparam uma manifestação na próxima terça-feira (30). O ato será realizado a partir das 7h30, na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi).
A atualização dos vencimentos abrange todos os servidores públicos do Estado, incluindo também os aposentados e pensionistas. A medida entra em vigor a partir de 1º de maio e será adotada pelos dois anos seguintes.
De acordo a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Estado do Piauí (Sindespi), Geane Sousa, em entrevista à Teresina FM, nesta quinta-feira (25), o valor aprovado pelo Governo não cobre os descontos nos salários. “Não condiz com as nossas perdas salariais. Em 2023 nós não tivemos nenhum reajuste e só descontos nos nossos contracheques. Então, nós vamos fazer esse movimento no dia 30, a partir das 7h30 da manhã”, frisa.
Paralizações no Lacen e Hemopi
Ainda no dia 30, às 14h, haverá uma reunião entre o Sindespi e o secretário de Saúde do Piauí, Antônio Luiz, sobre reivindicações de servidores do Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (Lacen-PI) e do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi), que realizaram paralisações sucessivas nas últimas três semanas.
O motivo dos protestos é a redução da Gratificação de Incentivo à Melhoria da Assistência à Saúde (GIMAS), além de denúncias de servidores fantasmas, assédio, terceirização de exames que devem ser feitos no LACEN, valores de plantões defasados e más condições de trabalho.
“Essa desvalorização começou no Governo Wellington Dias, quando ele não deu o plano de carreira, não deu as promoções, não deu as progressões e nossos contracheques, inclusive o pior de todos, nesse momento, são dos aposentados e pensionistas e os funcionários que são operacionais. Esse pessoal está sem tabela desde 2015. Se verificar hoje na tabela do operacional, o vencimento que está lá para eles é de R$ 800,00. Hoje, eles não recebem nem um salário mínimo no contracheque deles”, critica Geane Sousa.
Procurada pela equipe da Teresina FM, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) enviou nota oficial comentando o assunto. Confira:
“Sobre as paralisações no Lacen e Hemopi, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) respeita o direito dos servidores de se manifestar e, ao mesmo tempo, informa que está trabalhando constantemente para levar melhorias aos órgãos e, consequentemente, aos seus profissionais”, diz a nota.