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Presidente ucraniano recebeu ligação de homólogo francês durante uma conversa com jornalistas em Kiev e interrompeu a conversa. Macron, que discutiu com Trump em vista à Casa Branca no início do mês, disse que tem boa relação com a França, um de seus principais aliados
Em meio a uma escalada de tensões diplomáticas que envolveram um bate-boca com Donald Trump e a falta de acordo para um cessar-fogo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, protagonizou uma cena inusitada com um de seus principais aliados.
Macron e Zelensky se cumprmentam durante encontro em Paris em 2023 (Foto: Ludovic Marin/AFP)
Ao receber uma ligação do presidente francês, Emmanuel Macron, na noite de quarta-feira (19), Zelensky interrompeu a conversa e pediu para telefonar depois. O presidente ucraniano, no momento da chamada, conversava com jornalistas, que registraram a cena, durante uma visita à Finlândia.
“Emmanuel, Emmanuel… Desculpe, Emmanuel. Estou conversando com jornalistas neste momento. Posso (te ligar), talvez eu possa, em alguns minutos, em 15-20 minutos… Sim, por favor, obrigado, obrigado, Emmanuel… Ok, ótimo, ótimo, tchau tchau!”, disse Zelensky a Macron diante dos jornalistas.
Zelensky recebeu a chamada de Macron, em um telefone celular, no momento em que era questionado por um dos repórteres sobre temas debatidos na ligação que fez com Trump na quarta-feira (19).
Depois, o presidente ucraniano confirmou aos jornalistas que pediu a Macron para adiar a conversa, mas argumentou que com líder francês “uma vez por dia, em média” e que os dois países “têm relação muito próxima”.
“Sim, acabei de falar com o presidente (francês) Macron, com Emmanuel. Nós falamos um com o outro com muita frequência, eu diria uma vez por dia, em média. Nós e nossos países temos relações muito próximas, ele nos ajuda muito. Sou muito grato a ele, e depois do nosso briefing eu ligo de volta.”
A França é um dos mais fortes aliados de Kiev desde o início da guerra na Ucrânia, há mais de três anos. O governo de Macron é também um dos principais doadores de ajuda militar para as tropas ucranianas, ao lado da Alemanha, do Reino Unido e dos Estados Unidos.
As relações da Ucrânia com os EUA, no entanto, ficaram estremecidas após o presidente norte-americano, Donald Trump, assumir o poder.
Trump já vinha defendendo um corte das ajudas de Washington à Ucrânia. No fim de fevereiro, ele bateu boca com Zelensky durante visita do ucraniano à Casa Branca diante de jornalistas. O episódio, inédito na história do governo dos EUA, ruiu uma tentativa de acordo entre as duas partes para que os EUA explorassem recursos minerais em solo ucraniano em troca de ajuda militar e fez o presidente ucraniano deixar Washington antes da hora.
Fonte: G1
