27/12/2024

Ou união ou nada

21 de maio de 2019

Volto ao tema por absoluta necessidade.

Não é de hoje que se diz que o Brasil não é um país sério. Esta frase, aliás, foi atribuída a Charles de Gaulle, presidente francês de estatura elevada.

De Gaulle gigante para nossos padrões de nanico, foi brindado durante sua visita ao Brasil com uma cama bem menor do que seria necessário para uma boa noite de descanso. Nesta noite no ano de  1964, o francês teria proclamado que o Brasil não é um país sério. Só algum tempo depois ficamos sabendo que o autor da frase, na verdade foi um genro de Artur Bernardes, nosso embaixador na França de De Gaulle.

Mas a verdade é que de lá para cá o Brasil nunca mais foi um país sério. Se é que foi um dia.

Não se trata de atribuir culpas, mas sim de um  reconhecimento da própria condição. Reconhecimento que se confirma com a magistral frase do  maestro Tom Jobim de que o Brasil não é um país para principiantes.

É de se imaginar que temos consciência de nossa condição de  terceiro mundo.

Infelizmente o brasileiro se convenceu de que seu país não é sério e que Tom Jobim tem razão.

Ao Brasil, há décadas, só resta um único caminho. Só resta ao Brasil mostrar ao mundo que é sim um país sério. Não resta outra saída.

Mas, um aviso aos navegantes: o Brasil sozinho jamais conseguirá trilhar o caminho da autoafirmação. O Brasil precisa de seus filhos; o Brasil precisa dos brasileiros.

Como explicar ao mundo, por exemplo, que um país a um passo de uma recessão não conte com a solidariedade de seu próprio povo.

Como explicar ao mundo, por exemplo, que boa parte da população brasileira quer a recessão?

Como explicar ao mundo, por exemplo, que parte dos brasileiros quer seus irmãos desempregados em nome de uma ideologia política que se considera como o único gole d’água do deserto?

Esquecemos até que o desemprego é a maior chaga do momento atual do Brasil.

O Brasil – todos sabem disso – precisa de união. Não de uma união de faz de conta.

O Brasil – repito – não sairá dessa crise sozinho.

Qualquer especialista responderá sem hesitar. O Brasil precisa do apoio de seus filhos. De todos os filhos.

É hora de se deixar quem ganhou a eleição governar.

Afinal, uma das regras mais claras de nosso amontoado de leis diz que quem ganha a eleição governa, quem perde faz oposição.

Nada mais claro e oportuno.

Que Deus nos proteja!

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